sexta-feira, novembro 22, 2024
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Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose ocorre de 10 a 17 de agosto

REDAÇÃO – “Tive dengue e chikungunya ao mesmo tempo e, tratando essas doenças, a leishmaniose ficou escondida. Mas então tive febre alta e intermitente, e os leucócitos e linfócitos caíram tanto que cheguei a ficar no CTI”, conta ele, que trabalha percorrendo áreas de matas e cavernas.

“Fui testado para uma gama de possibilidades, até em função do meu trabalho, e o diagnóstico veio com sete dias de internação, por meio do resultado de exame sorológico realizado pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), que identificou antígenos do protozoário que causa leishmaniose visceral”, relata.

“Fiz todo o tratamento e, felizmente, fiquei curado, mas o susto foi muito grande e foi fundamental buscar atendimento no tempo certo”, afirma, aliviado.

Na Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, que ocorre de 10 a 17 de agosto, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), reforça a toda a população a importância do diagnóstico e tratamento precoces da doença, disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o estado.

De acordo com a diretora de Vigilância de Doenças Transmissíveis e Imunização da SES-MG, Marcela Lencine Ferraz, são realizadas ações de maneira permanente, em parceria com os municípios, voltadas para todos os elos do ciclo de transmissão da doença.

“Atuamos de forma conjunta com as Secretarias Municipais de Saúde para identificar onde há maior incidência do mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, e distribuir insumos de controle desse vetor, além do monitoramento da doença em humanos e nos animais, principalmente no cão, envolvido no ciclo da leishmaniose visceral”, relata.

“Também atuamos de forma integrada para fortalecer o diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno da doença em humanos, a fim de evitar a gravidade e o óbito por leishmaniose, que é o nosso principal objetivo”, destaca a diretora.

A doença

Existem vários tipos de leishmaniose, mas as apresentações clínicas mais comuns são a leishmaniose visceral (LV), que ataca os órgãos internos, principalmente o baço e o fígado, e a leishmaniose tegumentar americana (LTA), que ataca a pele e as mucosas.

A leishmaniose visceral é uma doença crônica e não contagiosa, com alta morbidade e significativa letalidade quando não tratada. Os principais sintomas são febre irregular de longa duração (mais de sete dias), falta de apetite, emagrecimento, fraqueza, aumento do abdômen, anemia e sangramentos na fase mais avançada da doença.

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