Está suspenso: Cemig recua e reavalia projeto de usina fotovoltaica em Três Marias
REDAÇÃO – A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou, na sexta-feira (12/7/24), a terceira audiência pública para debater os impactos socioambientais da possível instalação de placas fotovoltaicas flutuantes no lago da Usina Hidrelétrica de Três Marias, de propriedade da Cemig.
O representante da estatal de energia ratificou a informação repassada em ofício à comissão, de que o projeto encontra-se suspenso, para reavaliação. As placas fotovoltaicas ocupariam uma área de 55 hectares entre a Prainha e o Hotel Grande Lago, apontada pelos moradores como de grande interesse turístico e ambiental.
Nas outras duas audiências, uma na ALMG e outra em Três Marias (Região Central), pescadores e representantes do setor de turismo pontuaram que o projeto trará consequências prejudiciais à região, com a instalação de placas solares no espelho d`água da represa.
Eles temem o afugentamento de turistas, a alteração da vida aquática, com risco de mortandade de peixes, e a impossibilidade da prática de esportes náuticos e até mesmo do uso da praia pela população.
Stefano Miranda, superintendente de Desenvolvimento de Projetos da Cemig, explicou que, além das demandas apresentadas pela sociedade à companhia, a troca do vice-presidente de Geração e Transmissão motivou nova análise do empreendimento, em sua totalidade.
Questionado pelos parlamentares, ele não soube precisar, contudo, o prazo para conclusão desses estudos complementares. O gestor assegurou, por outro lado, que a estatal está estruturando um cronograma e que não há pressa para bater o martelo sobre o destino do projeto. Até lá, todas as atividades de campo em Três Marias estão paralisadas.