sexta-feira, novembro 22, 2024
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Presidente da ALMG manifesta apoio a mobilização de produtores de leite

Presidente Tadeu Martins Leite disse que a Assembleia está ao lado dos produtores rurais nessa mobilização

REDAÇÃO – Um evento que reuniu mais de 7 mil produtores rurais no Expominas, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (18/3/24), teve as participações do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), de parlamentares estaduais e federais e do governador Romeu Zema, entre outras autoridades.

Intitulada Minas Grita pelo Leite, a mobilização tem como principal reivindicação a suspensão imediata, pelo governo federal, das importações subsidiadas de leite em pó da Argentina e do Uruguai, que estariam prejudicando a cadeia produtiva do setor no Brasil. Os produtores rurais mineiros respondem por 27% da produção de leite do País.

Durante o evento desta segunda, Romeu Zema anunciou a retirada do regime especial de tributação dos laticínios que estejam importando leite de outros países.

No fim do evento no Expominas, os representantes da categoria assinaram um manifesto endereçando a Brasília as reivindicações do segmento. O texto foi endossado por autoridades e representantes de entidades presentes.

Ao discursar no evento, o presidente da Assembleia destacou se tratar de um movimento não só em defesa do leite, mas do Estado em si, já que Minas lidera o segmento no País, e disse que a Assembleia estará ao lado do setor nos encaminhamentos necessários.

Tadeu Martins Leite

“Estamos aqui em defesa não só do leite, mas de Minas Gerais. 70%, esse foi o aumento das importações de leite praticamente num só ano no Brasil. E só esse fato já justificava um movimento importante como este. Mas nós ainda estamos falando da principal bacia leiteira do nosso País e da importância social de um setor em que 90% são pequenos produtores, que fazem do dia a dia o seu sustento.”
Dep. Tadeu Martins Leite

 

O deputado ainda mencionou que Minas enfrenta diversas outras dificuldades, citando como exemplo a renegociação da dívida do Estado com a União, em andamento, mas destacou que a questão do leite talvez seja ainda a mais urgente a ser equacionada diante da importância que tem para o Estado.

Importação consecutiva seria recorde

À frente do movimento Minas Grita pelo Leite está a Faemg, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, que defende a suspensão das importações ou garantias de compensações aos produtores de leite.

Presidente da entidade, Antônio Pitangui advertiu que a situação vivenciada pelos produtores rurais de leite é de concorrência desleal, entre outras dificuldades por ele apontadas, e adiantou que a iniciativa mineira caminha para ser levada a todo o País.

“Esse movimento está começando em Minas, mas vai atingir todo o Brasil”, frisou, ao prever que, caso a importação não seja revista, haverá desabastecimento de leite no mercado interno e alta dos preços para o consumidor, porque os produtores não suportariam a atual situação por muito mais tempo.

 O presidente da Faemg ainda disse que o governo federal precisa ser sensibilizado para a situação de um segmento que reúne 1,1 milhão de produtores no Brasil, dos quais cerca de 220 mil estão em Minas.

Antônio Pitangui acrescentou que já foram realizadas mais de 30 reuniões em Brasília, sem sucesso, e anunciou a instalação de um relógio na sede da Faemg para contar as horas de espera por respostas do governo federal.

Jônadan Ma, integrante da Comissão Técnica do Leite da Faemg, acrescentou que a importação de leite no Brasil completou 22 meses consecutivos, o que segundo ele é um recorde que estaria imponto uma situação drástica para os produtores.

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