sexta-feira, novembro 22, 2024
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Outubro Rosa: prevenção e superação no combate ao câncer de mama

A empreendedora Tátyna Daiany, é paciente dos profissionais do Hospital Márcio Cunha, a médica ginecologista, Dra. Débora Schittini, e o médico mastologista, Dr. Ubirajara Alves

IPATINGA – O Hospital Márcio Cunha é referência no atendimento a pacientes oncológicos para 1,6 milhão de habitantes do Vale do Aço e do Nordeste mineiro, através da unidade de Oncologia. Neste mês de outubro, suas unidades se “vestem” de rosa, em celebração ao Outubro Rosa, um marco de conscientização sobre as melhores práticas de prevenção ao câncer de mama.

Durante todo o ano, milhares de pessoas de 87 municípios são tratadas na unidade, sendo mais de 80% dos atendimentos destinados aos usuários do SUS. Neste mês, como forma de prevenção ao câncer de mama, os profissionais do Hospital Márcio Cunha, a médica ginecologista, Dra. Débora Schittini, e o médico mastologista, Dr. Ubirajara Alves, trazem orientações e informações relevantes, reforçando que a prevenção é o melhor tratamento.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, até o final de 2024, mais de 73 mil novos casos serão diagnosticados no Brasil, com uma taxa superior a 66 casos para cada 100 mil mulheres. Os dados ainda reforçam que, em homens, a taxa de incidência é de apenas 1%.

A ginecologista alerta que, durante as consultas de rotina, a mulher não deve se envergonhar e deve conversar com o profissional sobre qualquer anormalidade notada em seu corpo. “Durante as consultas, é preciso falar sobre as queixas nas mamas e permitir que o médico faça o exame físico das mamas através da palpação. Além disso, será avaliado o histórico familiar, se há algum fator de risco aumentado para o câncer de mama e os exames de rastreamento serão solicitados de acordo com a faixa etária e com a indicação de cada caso”, orienta Dra. Débora.

Segundo o mastologista, Dr. Ubirajara Alves, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que, em mulheres a partir dos 40 anos e com risco habitual de desenvolver a doença, o rastreio seja realizado anualmente. “Temos visto cada vez mais pacientes jovens com câncer de mama. Por isso, a importância da detecção precoce, pois possibilita um tratamento mais efetivo. O exame mais comum para esse rastreamento é a mamografia. Quando feito anualmente, contribui para a redução da mortalidade, pois detecta a doença em fase inicial e possibilita um tratamento mais efetivo.”, explica o Dr. Ubirajara.

Os profissionais de saúde ressaltam que, na maioria das vezes, o câncer de mama é uma doença silenciosa. A ginecologista do HMC dá dicas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama. “O ideal é que a paciente tenha controle do peso corporal, pratique atividades físicas, reduza o consumo de alimentos ultraprocessados e conservantes e não faça o uso de tabaco”, reforça Dra. Débora.

O Dr. Ubirajara explica que há sinais de alerta que podem indicar o câncer de mama e que as mulheres devem se atentar. “Entre os principais sinais e sintomas temos a palpação de nódulos, a evidência de retração da pele mamária: visível ao se olhar no espelho. Também é possível observar mudanças na cor da pele, como hiperemia e descamação na região areolar. A dor, embora seja um sintoma menos frequente nos estágios iniciais, pode surgir em fases mais avançadas, geralmente devido à compressão causada pelo nódulo, em função do tamanho aumentado, ou proximidade de estruturas como a musculatura peitoral”, relata Ubirajara.

A importância do autoexame

Outro ponto destacado pelo mastologista é a importância do autoexame. “Orientamos as pacientes a desenvolverem o autoconhecimento, ou seja, a conhecerem o seu corpo e suas mamas. Assim, elas saberão quais são as alterações naturais e, ao surgirem mudanças, poderão buscar atendimento médico. A recomendação é que o autoexame seja feito no período pós-menstrual, pois no pré-menstrual a mama está mais edemaciada, o que pode ser um fator de confusão devido alterações naturais próprias deste período (pré-menstrual)”, detalha.

Foi com o autoexame que a empreendedora Tátyna Daiany, de apenas 36 anos, descobriu precocemente a doença, ao observar um nódulo no seio. “Eu descobri o câncer com o exame de toque, pois eu tinha o hábito de realizar mensalmente. Mas, neste dia, foi de forma aleatória: observei uma diferença e fui ao médico”, relata.

Após realizar as consultas e exames necessários, Tátyna recebeu o diagnóstico de câncer de mama e iniciou o tratamento na unidade de Oncologia do HMC. Apesar dos desafios, ela encara com esperança essa etapa de superação. “Quando recebi o diagnóstico, foi um choque, um desespero. O maior desafio foi comigo mesma, aceitar a situação e fazer o que precisava com pensamento positivo. O tratamento não tem sido fácil, mas com fé e coragem estou caminhando para o terceiro mês de tratamento. Tudo está indo bem, dentro das expectativas. Agora é ficar bem, curada, e depois voltar ao trabalho e cuidar da minha família”, exalta a paciente.

Passando por esse tratamento, Tátyna sempre mantém determinação e deixa uma mensagem de encorajamento às mulheres: “Gostaria de incentivar todas as mulheres a realizarem o autoexame, independentemente da idade, porque, quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores as chances de cura. Para aquelas que estão passando por esse momento, minha mensagem é: não desanimem, tenham força e fé, sejam guerreiras, esse momento vai passar e dias melhores virão”, pontua Tátyna.

Outubro  Rosa

O Outubro Rosa é um momento de mobilização social para reforçar as mensagens sobre a prevenção e a detecção precoce do câncer de mama. “A campanha é considerada um momento ímpar para aproveitarmos essa oportunidade e ampliarmos a abordagem da saúde das mamas antes de detectarmos a doença. A possibilidade de cura é muito grande. Por isso, a campanha anual do Outubro Rosa é muito importante”, explica o mastologista do HMC.

Nesse mês especial de atenção às mulheres, a Dra. Débora deixa uma mensagem de alerta: “Se cuidem. Lembrem-se de que é preciso fazer exames periódicos de rotina, ter um ginecologista para fazer todo o acompanhamento e, principalmente, que procurem o médico em qualquer alteração que sintam no corpo. É necessário passar pela avaliação de um especialista. Cuidar de si mesma é fundamental”, pontua a ginecologista.

Expertise no tratamento oncológico

A unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha é referência para cerca de 1,6 milhão de pessoas de 87 municípios do Vale do Aço e Nordeste mineiro. Mais de 85% dos atendimentos da unidade são destinados a pacientes do SUS. Habilitada como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), a unidade oferece tratamentos especializados em cirurgia oncológica, radioterapia, hematologia e oncologia pediátrica, além de um corpo clínico com grande expertise.

A estrutura e o compromisso com a qualidade, aliados a um tratamento humanizado, tornam o HMC um dos principais centros de combate ao câncer na região, impactando diretamente a vida de milhares de pacientes.

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