sexta-feira, novembro 22, 2024
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Mercado da beleza cresce e diversifica áreas de atuação

REDAÇÃO – Já dizia a música “que Narciso acha feio o que não é espelho”. Narcisistas ou apenas mais cuidadosos com a aparência, os brasileiros, incluídos aí os cearenses, estão gastando cada vez mais com higiene e beleza. Para se ter uma ideia, o País já é o terceiro maior consumidor do mundo de produtos do setor.
Nos últimos dez anos, o salto no consumo foi de 124%, passando de R$ 26,5 bilhões gastos, em 2003, para R$ 59,3 bilhões previstos para este ano, conforme o Instituto Data Popular. Enquanto isso, o Ceará deve ser o terceiro maior mercado do Nordeste, segundo o Ibope.

Dentro desse cenário, foram registrados na Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), em 2012, 2.963 novos negócios do setor, sendo 1.181 para atividades de cabeleireiros e 335 clínicas ou de atividades ligadas à estética e outros cuidados com a beleza. Até o início do mês de julho deste ano, já foram 1.438 empresas registradas, sendo 1.040 apenas de cabeleireiros.

Com um mercado em expansão, além da venda de produtos, cresce a frequência das visitas ao salão de beleza. Desse modo, os olhos dos empresários passam a enxergar além do público feminino oferecendo, também, serviços com foco nos homens. Ao mesmo tempo, é possível perceber a segmentação das atividades, com empresas se tornando especializadas em determinadas áreas.

Expansão

Para o presidente da Associação dos Cabeleireiros do Estado do Ceará (Acec-CE), Gurgel do Amaral, durante os seus 50 anos como dono de salão de beleza, foi possível perceber um forte crescimento do setor como um todo. “Quando eu comecei, existiam apenas três linhas de produtos no Brasil. Hoje, você tem mais de 80 marcas de tintura para o cabelo. E uma briga pelo mercado”, afirma Amaral.

Capacitação

Como os profissionais normalmente saíram da informalidade para virar empresa, conforme explica, há uma exigência maior de formação qualificada. Para ele, a variedade de cursos oferecidos em diferentes áreas possibilita a constante renovação e permite que o profissional se torne especialista em um assunto específico. “Nos últimos dez anos, também começaram a surgir empresários de beleza, que montam salão de grande porte e contratam profissionais”, afirma. Por outro lado, ele destaca que, para administrar o negócio, é preciso acompanhar e ter noção do trabalho desenvolvido.

Idas ao salão

Conforme a pesquisa do Data Popular, em um mês, 21% das mulheres da classe média foram mais de duas vezes ao salão de beleza, enquanto o público feminino da classe alta foi de 38%. Mesmo entre as mulheres de classe baixa, 11% estiveram em um salão de beleza a partir de três vezes no mês. A média de freqüência entre as mulheres que foram ao salão é de 2,69 vezes no mês da classe alta, 2,54 classe média e 1,99 classe baixa.

Segundo o levantamento, quase metade do valor (47,4%) previsto para os gastos com beleza e higiene neste ano deve ser da classe média, enquanto a classe alta deve representar 34,2% e a baixa 18,4%. No documento divulgado, o sócio diretor do Instituto, Renato Meirelles, explica que “a forte presença feminina executando funções de atendimento ao público em geral pode ser apontada como uma das razões para a ampliação de salões de beleza por todo o País”.

No relatório, ele também ressalta que, embora as mulheres não sejam as únicas responsáveis pelos gastos com produtos e serviços de beleza e cuidados pessoais, elas determinam grande parte do destino do dinheiro nessa categoria.

Outro ponto destacado é o aumento de mulheres no mercado de trabalho, que influenciou diretamente no crescimento do consumo de produtos e serviços de beleza. “No período de vinte anos, o número de mulheres com carteira assinada chegou a 157%”, afirma.

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