sexta-feira, novembro 22, 2024
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Dragas podem ser a causa da extinção do maior peixe do Rio Doce, afirma pesquisadores

A principal causa da espécie se encontrar criticamente ameaçada de extinção é a destruição do habitat, visto que o Surubim Doce vive em locais com características preservadas, com locas profundas, rochosos e de corredeira

TIMÓTEO – A depredação do habitat natural faz com que esta espécie | Surubim Doce | tenha dificuldades de sobreviver. Existem denúncias de que as Dragas de mineração são as principais causas, segundo pesquisadores. O Surubim Doce é um peixe que pode alcançar 1,20 metro de comprimento e pesar 22 quilos. Ele é o maior predador da Bacia do Rio Doce, região que compreende o Leste de Minas Gerais e o Espírito Santo. Este “gigante” de hábitos noturno está ameaçado de extinção.

Segundo pesquisadores, o assoreamento do rio, a perda de mata ciliar e, principalmente, as dragas de mineração, são as principais causas do desaparecimento da espécie. O Surubim Doce é encontrado apenas em três pontos do Rio Doce: Rio Piranga (Ponte Nova e Guaraciaba), Rio Santo Antônio (Ferros) e Rio Manhuaçu (Aimorés). 

“A principal causa da espécie se encontrar criticamente ameaçada de extinção é a destruição do habitat, visto que o peixe vive em locais com características preservadas, com locas profundas, rochosos e de corredeira. As dragas impactam diretamente nessas características do rio, que são indispensáveis para manutenção do Surubim Doce, visto que a dragagem, além de liberar contaminantes na água, acaba “revirando” os sedimentos do rio e destruindo as locas”, explicou o biólogo Frederico Fernandes Ferreira.

As dragas contribuem para a destruição da calha do rio, além de liberar contaminantes na água

Os pesquisadores entraram em contato com a Prefeitura de Ponte Nova, na Zona da Mata, onde dragas de mineração foram flagradas. Mas, segundo eles, não houve retorno. O JBN também enviou pedido nota à prefeitura, e aguarda um posicionamento sobre a situação.

Projeto Surubim Doce

Conheça as principais características do Surubim Doce. Por causa do risco de extinção, alguns surubins foram capturados e transferidos para o aquário do Zoológico de Belo Horizonte. O objetivo é tentar aumentar essa população em cativeiro e assim repovoar o rio. 

“O número de matrizes necessárias para se ter uma variedade genética depende de diversos fatores como encontrar os peixes e fazer o sequenciamento genético deles. Só após esse processo ser executado e o plantel ter um número ideal de peixes, com base nessas informações, poderá ser feito um plano para obter uma reprodução bem sucedida”, explicou o biólogo, informando que o último exemplar de Surubim Doce que chegou ao Aquário do Zoológico de Belo Horizonte, no dia 7 de outubro.

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5 comentários sobre “Dragas podem ser a causa da extinção do maior peixe do Rio Doce, afirma pesquisadores

  • Não sei não viu…draga pode prejudicar ali perto, mas suja a água o q impede pescadores de arpão, q são muito mais danosos, capturam as matrizes…não dá chance pro peixe…onde tem draga não dá pra pescar de arpão… Podem deixar o rio ambientalmente pode tá perfeito, água limpa…mas pro peixe vai ter problema do mesmo jeito… só uma reflexão.

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  • Toma vergonha as suas cara veja os rejeitos jogado nós rios por essa siderúrgicas como cenibra Usiminas entre outra Arcelor moral cenibra planto eucalipto nas margem dos rios oq está secando o Rio doce aí vcs vem com esses papo deque são as pequenas dragas, a os impostos saao menos né?

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  • Essa matéria só pode ter sido comprada, o rompimento das barragens não tem nada à ver com isso? Parece até piada.

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    • Boa noite Fábio.
      Obrigado pelo seu comentário. Sugiro a vc que leia atentamente a matéria, porque a mesma não reflete a opinião do JBN. Aqui nós vendemos anúncios, não vendemos nossa opinião. Na qualidade de editor do jornal comungo com a sua opinião.
      Um abraço.
      Paulo César Reis – jornalista/editor

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  • Concordo com todos é uma somatório de muitos fatores , indústrias jogando dejetos , produtores não respeitando os limites e destruindo nascentes, as dragas , as pessoas predando sem dó nem piedade com redes e arpões, falta de uma política pública de fiscalização e de investimentos , de conscientização da população e por aí vai…..

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