Apoio e estímulo à amamentação são compromissos diários das maternidades da rede estadual
REDAÇÃO – Na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), quem trabalha com amamentação carrega um orgulho grande de poder contribuir com o melhor início de vida possível para os bebês nascidos nas maternidades Odete Valadares (MOV) e Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, e no Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora.
Essas unidades são reconhecidas pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), do Ministério da Saúde, por cumprirem os dez passos para o sucesso do aNa Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), quem trabalha com amamentação carrega um orgulho grande de poder contribuir com o melhor início de vida possível para os bebês nascidos nas maternidades Odete Valadares (MOV) e Júlia Kubitschek (HJK), em Belo Horizonte, e no Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora.
Essas unidades são reconhecidas pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), do Ministério da Saúde, por cumprirem os dez passos para o sucesso do aleitamento materno instituídos pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Trabalhar com amamentação me deixa muito feliz. Amo o que faço. Quando chego e vejo todos os bebês mamando direitinho, é maravilhoso. Ou então ver um neném que não está mamando e, depois de trabalhá-lo durante o dia todo, começar a pegar o peito… e ainda ver o sorriso da mãe, é gratificante demais”, afirma, com muito orgulho, Regiane Pereira Soares de Paula, técnica de enfermagem do HRJP responsável pelos atendimentos no posto de coleta e que realiza as orientações e acompanhamentos sobre aleitamento materno no alojamento conjunto da maternidade..
Regiane Pereira acredita que não está ajudando só naquele momento, mas para a vida toda. “A criança vai adoecer menos, ter risco mais baixo de obesidade, de diabetes. Cada criança que ajudo, terá um futuro melhor. É nisso que acredito”, avalia.
O estímulo ao aleitamento materno começa ainda na gestação. Com investimentos do Governo de Minas, as três maternidades oferecem cursos de preparação para gestantes e seus acompanhantes. O objetivo é esclarecer as principais dúvidas e orientar sobre pontos fundamentais para o sucesso da amamentação.
As unidades também contam com Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, espaço onde as mães podem ficar hospedadas durante a internação de seus bebês, o que também contribui para o aleitamento, entre outros benefícios.
As maternidades possuem times multidisciplinares formados por profissionais especializados que atuam diariamente para que as dificuldades iniciais sejam superadas e para que, por meio da amamentação, as famílias possam experimentar os benefícios da alimentação padrão ouro para as crianças.
Carinho
As pacientes reconhecem a dedicação das equipes. A autônoma Edna Aparecida Gomes saiu de Ouro Preto para ter sua filha, Esther, na Maternidade Odete Valadares, no início de julho, por conta de uma pré-eclâmpsia que resultou em um parto prematuro. Ela conta como foi importante receber orientações sobre amamentação desde a internação.
“Fui super bem atendida aqui. As profissionais são muito carinhosas. Elas me ajudaram muito ensinando os cuidados com as mamas, massagens. Foram importantes para me orientar e me tranquilizar. É um momento que nós, mães, ficamos abaladas e o leite pode demorar a sair. E elas se preocupam com nosso bem-estar físico e emocional. Hoje já estou amamentando e a Esther tem ganhado peso”, relata.
Luana Leandro da Silva teve os gêmeos Davi e Ravi no fim de julho na maternidade do Hospital Regional João Penido e também é só elogios ao atendimento.
“Está sendo um sonho amamentar os dois, pois no meu primeiro filho não tive muito leite. Falo de coração que como essa equipe não tem igual. Gostei muito do atendimento e só tenho a agradecer”, afirma Luana Leandro.
Hora de ouro
O contato entre mãe e bebê na primeira hora após o parto – a chamada “hora de ouro” – é fundamental para o estímulo à amamentação e é uma das práticas adotadas nas maternidades.
“O aleitamento deve ser incentivado desde a primeira hora de vida porque o ato de sugar o seio materno pelo bebê estimula a produção de hormônios que são responsáveis pela descida do leite. Além disso, o contato precoce fortalece o vínculo entre a mãe e o bebê e promove a adaptação inicial da criança ao processo de amamentação”, enfatiza a coordenadora da Maternidade do HRJP, Heloisa Helena Rodrigues do Vale.
Referência
Com 37 anos de atuação, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares é o centro de referência para os outros bancos de leite e postos de coleta do estado. Além de coletar, processar e distribuir leite para bebês internados em unidades neonatais, o serviço também oferece assistência para mães com intercorrências nas mamas e dificuldades na amamentação, mediante agendamento, realizando mais de mil atendimentos mensais.
“O leite materno é o melhor alimento para crianças. Tem todas as propriedades nutricionais e imunológicas necessárias, principalmente para os prematuros. Os benefícios da amamentação são vários: ajuda no fortalecimento do vínculo entre mãe e filho, protege a criança de diversas doenças e faz com que ela tenha menos internações; o leite é de graça, impacta menos o meio ambiente. A OMS preconiza que a amamentação exclusiva vá até o sexto mês de vida e a continuada até dois anos ou mais. No entanto, é importante que seja algo prazeroso para a mãe e para o bebê”, enfatiza Karine Antunes, coordenadora do Banco de Leite da MOV.
A coordenadora da Maternidade do HJK, Gerusa Flávia de Oliveira Soares, endossa a importância da amamentação e a necessidade de que seja uma prática apoiada por todos.
“O apoio ao aleitamento materno deve vir de várias frentes, incluindo família, comunidade, locais de trabalho, governo e instituições de saúde. Quando todos se comprometem a apoiar a amamentação, cria-se um ambiente que encoraja e facilita essa prática, ajudando as mães a superarem desafios e a alcançarem seus objetivos de amamentação”, afirma.
Os postos de coleta do Júlia Kubitschek, em BH, e do Regional João Penido, em Juiz de Fora, também realizam atendimento externo, mediante agendamento, a mães com dificuldades em amamentar.
Desde janeiro deste ano, tanto a marcação de consultas quanto o cadastro de doadoras de leite nas três maternidades podem ser feitos por meio do Portal MG ou do aplicativo MG APP. Depois de fazer o login, basta escolher o dia e o horário convenientes e a unidade hospitalar mais próxima de sua casa.
Agosto Dourado
O mês de conscientização sobre a importância do aleitamento materno já faz parte do calendário de ações das maternidades da Fhemig, que intensificam as atividades relacionadas ao estímulo, apoio, promoção e proteção à amamentação.
O tema da campanha em 2024 é “Reduzindo a lacuna: apoio à amamentação para todos” e tem por objetivo conscientizar sobre a necessidade de reduzir as desigualdades para que cada mãe e bebê possam viver plenamente a amamentação.
Serviço
Além dos canais digitais, os agendamentos no Banco de Leite e nos postos de coleta também podem ser feitos por telefone.