Anglo American adquire e integra ao Minas-Rio recursos adicionais de bilhões de toneladas de minério de ferro de alto teor
CONCEIÇÃO DO MATO DENTRO – Anglo American plc (“Anglo American”) anuncia acordo para adquirir e integrar, aos ativos do Sistema Minas-Rio, os recursos de minério de ferro de alto teor localizados na adjacente Serra da Serpentina, de propriedade da Vale SA (“Vale”). A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar o Sistema Minas-Rio, incluindo eventuais expansões futuras que incluam Serpentina.
Duncan Wanblad, presidente da Anglo American, considera o acordo “uma oportunidade de fazer uma parceria com a Vale para garantir acesso a recursos de alta qualidade e alto teor de minério de ferro em grande escala, vizinho ao Minas-Rio, permitindo criar uma única operação otimizada que aproveite todas as sinergias físicas com nossa infraestrutura de mineração e processamento de minério, além de garantir uma opção de acesso à logística ferroviária e portuária da Vale. A impressionante escala e qualidade do corpo mineral de Serpentina permite expandir a produção de pellet feed, um produto premium que continuará em alta demanda pelas próximas décadas por nossos clientes da siderurgia que buscam descarbonizar seus processos. O Minas-Rio oferece um produto de teor de redução direta, que se posiciona em um dos segmentos mais atrativos para nosso setor atualmente”.
Ruben Fernandes, diretor regional da Anglo American para a América Latina, celebra o acordo como “uma oportunidade para assegurar o crescimento da oferta de produtos fundamentais para a transição energética, permitindo a redução das emissões de nossos clientes da indústria siderúrgica. Junto com Quellaveco no Peru e nossas operações no Chile, o Minas-Rio expandido contribuirá para o desenvolvimento responsável e sustentável da mineração na América Latina, gerando emprego, renda, impostos e oportunidades para os países da região”.
Ana Sanches, presidente da Anglo American no Brasil, considera a parceria como “um marco para nossas pessoas e nossas operações de minério de ferro no Brasil, potencializando o trabalho sério e responsável realizado nessa região, além de reforçar o nosso forte compromisso com o desenvolvimento sustentável das comunidades e do nosso propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas”.
Serpentina[1] contém recursos minerais de 4,3 bilhões de toneladas de minério de ferro, um ativo com grande potencial de valorização, refletindo uma extensão do corpo mineral de cerca de duas vezes a extensão do Minas-Rio atual. Serpentina contém um minério de ferro com teor ainda mais alto que o minério de alto teor do Minas-Rio, com predominância de minério friável, menos compacto. Essas vantagens combinadas deverão levar a otimização dos custos operacionais e dos investimentos de capital. A integração desses dois recursos também oferece consideráveis oportunidades de expansão, incluindo o potencial para duplicar a produção, que a Anglo American e a Vale avaliarão de acordo com os termos do acordo.
Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale, disse: “Temos o prazer de formar uma parceria com a Anglo American para apoiar a demanda crescente por minério de ferro de alta qualidade à medida que nossos clientes aceleram suas transições para uma siderurgia com baixa emissão de carbono. Minas-Rio é um ativo Tier-1 que se beneficiará de grandes sinergias com o depósito de Serpentina e a logística da Vale, e estamos confiantes de que essa parceria destravará valor significativo para todos os nossos stakeholders. Nós planejamos destinar o pellet feed de alta qualidade para nossas plantas de pelotas e, no futuro, para os Mega Hubs, produzindo briquetes de minério de ferro”.
Segundo os termos do acordo, a Vale contribuirá com recursos de minério de ferro de alto teor de Serpentina, e desembolso complementar de caixa de US$ 157,5 milhões, para adquirir 15% de participação acionária no Minas-Rio, sujeito a ajustes usuais na data de fechamento. Se a média do preço de referência do minério de ferro[2] permanecer acima de 100 dólares por tonelada ou abaixo de 80 dólares por tonelada durante 4 anos, será feito um ajuste no valor do pagamento, em favor da Anglo American ou da Vale, respectivamente, de acordo com a fórmula acordada entre as partes.
Após conclusão do acordo, a Vale receberá sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio. Adicionalmente, a Vale também deterá a opção de compra de uma participação adicional de 15% na operação do Minas-Rio, se ocorrerem eventos relativos a uma eventual expansão futura do Minas-Rio, incluindo a recebimento da licença ambiental[3] necessária para a expansão, seguindo a conclusão de estudos de pré-viabilidade e de viabilidade[4], mediante desembolso de caixa, a valor justo calculado no momento de exercício da opção de compra.
O Minas-Rio ampliado terá a opção de usar a ferrovia da Vale localizada perto do empreendimento, bem como o porto de Tubarão, para transportar a produção expandida, como alternativa à construção de um segundo mineroduto até as instalações da Anglo American no Porto do Açu. Todas as soluções logísticas viáveis serão consideradas e avaliadas durante os estudos de pré-viabilidade. O mineroduto existente do Minas-Rio cruza a rede ferroviária da Vale, permitindo que um segundo mineroduto muito mais curto se conecte com o corredor ferroviário até o porto de Tubarão. O acordo não inclui ou afeta a participação de 50% da Anglo American no terminal de exportação de minério de ferro localizado no Porto do Açu.
A expectativa de conclusão do acordo é para o quarto trimestre de 2024, sujeito a todas as condições regulatórias.