Educadores intensificam a mobilização para barrar a municipalização das escolas estaduais em Timóteo
TIMÓTEO – Representantes dos sindicatos SIND-UTE, SINSEP, trabalhadores em educação, e os vereadores Vinícius Bim (PT), Nelinho Ribeiro, Adriano Costa Alvarenga e Reygler Max, reuniram-se nesta quarta-feira (6) no plenário da Câmara, para discutirem o projeto de municipalização da educação que vem sendo intensificado pelo governo de Minas.
O projeto “Mãos Dadas”, como é denominado, oferece facilidade para que os municípios interessados assumam as escolas estaduais. A ideia da Secretaria de Estado de Educação é de que os alunos passem para a rede municipal de ensino. De acordo com o projeto basta que a prefeitura assine um termo de adesão ao programa, eliminando assim a necessidade de um projeto de lei, autorizando o ingresso do município sem a discussão no legislativo municipal.
Durante o encontro, representantes das escolas destacaram que o projeto de municipalização foi lançado sem qualquer diálogo com os professores e comunidade escolar. Segundo eles a proposta do governo traz graves impactos para a vida funcional. Entre os impactos do município, os educadores indicaram a extinção de cargos e a precarização do trabalho e da educação.
“A adoção do projeto potencializa o sucateamento do ensino público estadual e a progressiva destruição das carreiras dos servidores do Estado de Minas Gerais. Fica a certeza de que a mobilização se faz urgente e de que é preciso uma constância no diálogo para mobilizar a base da educação” afirmou o vereador Vinicius Bim, pontuando que mobilizar a comunidade escolar para discutir os prejuízos econômicos e sociais são pontos importantes para impedir o processo de municipalização.
O líder de governo do prefeito Douglas na Câmara Municipal, vereador Adriano Costa Alvarenga, disse ser contrário ao processo de municipalização. Adriano ressaltou que o município não concorda e não vai celebrar nenhum termo para prejudicar o andamento educacional.
Proposta
Uma comissão formada pelos vereadores, representantes das escolas e sindicatos estarão iniciando uma peregrinação em cidades onde a municipalização está acontecendo. A comissão também estará elaborando um expediente que será entregue na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.