sexta-feira, novembro 22, 2024
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Sem fiscalização, transporte público em Timóteo virou sinônimo de ineficiência e desrespeito aos cidadãos

Com o corte nos itinerários, os passageiros saindo do trabalho, se irritam com a espera no terminal rodoviário

TIMÓTEO – Falar sobre a precariedade do serviço prestado pela concessionária do transporte público em Timóteo, é chover no molhado. Na realidade os passageiros que dependem do transporte coletivo em Timóteo, estão sozinhos na luta contra a empresa que detém os serviços. É que o órgão fiscalizador dos serviços, no caso o município, não fiscaliza e ainda dá incentivo financeiro à empresa. No fim da linha está a população que paga a conta para receber um serviço de péssima qualidade e de muito risco.

Na tarde desta terça-feira (28), dia de inauguração de um grande supermercado na cidade, famílias inteiras com dezenas de sacolas, que dependiam da “miséria” do ônibus que só anda lotado rumo a Regional Leste, deixou a turma na ‘mão de calango’. Desesperados, muitos passageiros recorreram ao serviço de Motaxi e Uber, para fazer frente a uma política pública que não respeita o direito de ir e vir da população trabalhadora.

Mudança de Itinerário

Filas imensas. Passageiros denunciam que os ônibus desaparecem no horário de pico. Ninguém para fiscalizar

Como se não bastasse tudo de ruim que possa ter a prestação deste serviço à população, vem os cortes dos itinerários, como: o carro de 18h05 – Recanto Verde via Sinterização; de 18h10 – Recanto Verde; Macuco 18h15, no momento em que a população mais precisa. “Cadê o dinheiro do incentivo que essa empresa recebeu mediante autorização da Câmara Municipal”, indagou uma passageira que estava furiosa  segurando 11 sacolas esperando o ônibus para o Macuco.

A mesma passageira que não se identificou, ainda denunciou que pela manhã, no horário de 09h20 o ônibus simplesmente desapareceu. “Quem trabalha, quem tem consulta ou horário para chegar em algum compromisso, deve sair de casa para o ponto com no mínimo uma hora de antecedência, porque não pode confiar na empresa. O transporte público em Timóteo virou sinônimo de ineficiência e desrespeito aos cidadãos”, garantiu a passageira.

“O referido serviço público viola a dignidade dos seus usuários. A superlotação do transporte público, sucateamento da frota e insuficiência de demanda de horários, implicando riscos à saúde e segurança, são coisas que a Prefeitura e Câmara de Vereadores deveriam olhar por nós”, sugeriu o passageiro Otaviano dos Santos  morador do bairro Recanto Verde.

O mesmo passageiro lembrou que “em Ipatinga e Fabriciano quando ocorre este tipo de coisa, os prefeitos enfrentam a empresa. Em Timóteo, a Prefeitura e Câmara são frouxas para defender os direitos dos usuários”, afirmou.

Licitações e Contratos

O serviço de transporte público coletivo é estabelecido por intermédio de normas gerais sobre licitações e contratos administrativos no âmbito do poder público; concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder público concedente, mediante licitação (na modalidade de concorrência) à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo certo, conforme previsão no ordenamento jurídico pátrio (leis 8.666/93 e 8.987/95).

 

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