Rede elétrica da Cemig atingida por avião de Marília Mendonça terá que ser sinalizada
REDAÇÃO – Uma das recomendações do relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira, divulgado nesta segunda-feira (15), que investigou as causas do acidente com a cantora sertaneja Marília Mendonça, é de que a Cemig terá que sinalizar a rede elétrica na qual colidiu o avião em Piedade de Caratinga, no Leste de Minas, em novembro de 2021. Marília morreu na queda da aeronave, juntamente com mais quatro pessoas.
Um trecho do documento explica que a linha de transmissão em que o avião colidiu estava fora dos limites de Zona de Proteção de Aeródromo (ZPA) e que a rede “não se enquadrava nos requisitos que a qualificassem como um obstáculo ou objeto passível de ser sinalizado”.
Entretanto, o relatório destaca que o cabo pára-raios da linha de transmissão possuía baixo contraste em relação à vegetação ao fundo.
Segundo o documento, a colisão da aeronave contra o cabo arrancou o motor esquerdo ainda em voo, e ocasionou a total perda de controle da aeronave.
Por estes motivos, a recomendação final do Cenipa é que a Cemig deve sinalizar “em caráter excepcional, a linha de transmissão de 69 kV no trecho correspondente ao prolongamento da pista”.
O órgão concluiu ainda que deverá avaliar, em coordenação com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), requisitos de sinalização de redes de transmissão e de distribuição nos arredores de aeródromos, notadamente daqueles situados em regiões com relevo acidentado, para prevenir acidentes aeronáuticos.
A CEMIG ainda não falou sobre o assunto.