Investimentos em saneamento no Vale do Aço e redondezas beneficiarão 315 mil pessoas e somam R$ 68 milhões
REDAÇÃO – A Fundação Renova e a Prefeitura de Ipaba (MG), na Região Metropolitana do Vale do Aço, assinaram a ordem de serviço para a construção do sistema de esgotamento sanitário (SES) do município. Com entrega prevista para 2024, a obra terá estação de tratamento de esgoto (ETE) com capacidade de beneficiar cerca de 10,5 mil pessoas.
A implantação está orçada em R$ 13 milhões, dos quais R$ 12 milhões serão repassados pela Fundação Renova em 2023 e 2024. Até abril, já haviam sido repassados R$ 1,6 milhão. Serão construídos 13,3 quilômetros de extensão de redes, e a vazão do sistema será de 57 litros por segundo.
Duas novas obras de saneamento também acabam de ser iniciadas no Vale do Aço. Em Bugre, mais de 6 mil pessoas serão atendidas. Orçada em R$ 3,8 milhões, a rede do município terá extensão de 5,3 quilômetros e ETE com capacidade de tratamento de 5,5 litros por segundo.
Já o sistema do distrito de Perpétuo Socorro, também conhecido como Cachoeira Escura, no município de Belo Oriente, tem como previsão beneficiar 9,7 mil habitantes. O investimento projetado é de R$ 14,8 milhões para as obras, que incluem uma extensão de 8 quilômetros de redes e ETE com capacidade de vazão de 18 litros por segundo.
Obras em fase avançada
Além dos Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) de Ipaba, Bugre e Belo Oriente há outras obras de tratamento e coleta de esgoto e destinação de resíduos sólidos em implementação ou implementadas pela Fundação Renova na região do Vale do Aço e redondezas. Ao todo, estão sendo investidos aproximadamente R$ 68 milhões em empreendimentos que irão beneficiar cerca de 315 mil pessoas na região, em nove localidades. A iniciativa irá contribuir para a melhoria da qualidade da água do rio Doce.
Com 90% das obras finalizadas, a ETE do distrito de Baixa Verde, em Dionísio, também será de grande importância à população. O sistema terá capacidade de vazão de 4,6 litros por segundo e vai beneficiar 2,5 mil pessoas. O orçamento total é de R$ 2,7 milhões, repassados pela Fundação Renova por meio do BDMG.
Em São Domingos do Prata, município nas redondezas de Dionísio e São José do Goiabal, a construção do SES tem conclusão prevista para 2024. A obra abrange redes de esgoto e ETE com capacidade de atender a 9,7 mil pessoas e uma vazão de 8,2 litros por segundo. A Fundação já repassou mais de 50% do custeio, orçado em R$ 9,9 milhões.
Também há construções em andamento em Córrego Novo, Ipatinga e Marliéria. Em Ipatinga, município de aproximadamente 265 mil habitantes, são três obras de ampliação da rede de tratamento de esgoto, orçadas em R$ 13,5 milhões, nos bairros Granjas Vagalume, Horto, Limoeiro, Vila Celeste e Jardim Panorama (na Avenida Maanaim). A estrutura vai permitir que o esgoto seja coletado e conduzido adequadamente à ETE já existente, beneficiando diretamente 60 mil pessoas.
“Mais de 60% do repasse de recursos, a exemplo do bairro Limoeiro, estão finalizados, e a entrega tem previsão de ocorrer ainda em 2023”, informa a especialista em Saneamento Ambiental da Fundação Renova, Cynthia Franco Andrade.
Em Córrego Novo, a Fundação Renova investe R$ 4,7 milhões no sistema da sede do município, incluindo redes coletoras, interceptores e ETE. A entrega, prevista para 2023, deve beneficiar uma população de cerca de 2,3 mil pessoas.
Dentre as ações para destinação correta de resíduos sólidos, a Fundação Renova ainda repassa recursos para a reforma de ampliação da usina de triagem e compostagem (UTC) do distrito de Cava Grande, no município de Marliéria. Orçada em R$ 400 mil, a obra será uma alternativa viável à destinação de resíduos sólidos no distrito e vai beneficiar cerca de 5 mil pessoas.
Sistema concluído e em funcionamento
São José do Goiabal, em abril de 2019, foi o primeiro município atingido pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), a receber autorização para o início das obras. A ETE de vazão de 8,4 litros por segundo foi finalizada e entregue em julho de 2021. Atualmente, está 100% em operação, beneficiando cerca de 5 mil habitantes. O custo de R$ 5,3 milhões teve recursos da Fundação Renova e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.