Conselho faz roda de conversa nos CRAS para falar sobre violência doméstica e saúde
TIMÓTEO – O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Timóteo, programou rodas de conversa nos principais Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) com o objetivo de reforçar os 21 Dias de Ativismo pela Eliminação da Violência Contra a Mulher.
Os encontros nos CRAS acontecerão sempre às 9 horas, nos dias: (30/11, CRAS Sul, à rua Suécia, nº 15, bairro Ana Rita); (06/12, CRAS Ana Moura, rua 11, nº 90, bairro Ana Moura); (07/12, UBS Limoeiro, à rua Candeia, nº 10, bairro Limoeiro); (08/12, CRAS Oeste, rua Guajajaras, nº30, Distrito Cachoeira do Vale). A programação prevê um alongamento rápido com educadora física, roda de conversa com as usuárias e disponibilização de testes rápidos para Hepatites B e C, Sífilis e HIV.
De acordo com a presidente do CMDM de Timóteo, Aparecida Forreaux, “os índices da violência doméstica atingem um maior número de mulheres negras. Apesar dos dados, somos todas vulneráveis, brancas ou negras”, revela Forreaux. A presidente reforça a necessidade de falar cada vez mais sobre o tema violência para que a denúncia se torne um hábito e não mais um caso subnoticado. O CMDM se inspirou na ação mundial, iniciada em 1991, chamada Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, que começa no dia 25 novembro.
Cartoons contra a Violência
Agora em 2023, o Conselho Nacional de Justiça assumiu o compromisso com a promoção de políticas de igualdade de gênero e de combate à violência doméstica. A campanha Cartoons Contra a Violência, do Supremo Tribunal Federal (STF), apoiada pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) e pela agência Leo Burnett TM foi lançada no dia 4 de outubro. A idéia é reunir cartunistas de todo o país para dar visibilidade à questão e trazê-la ao centro do debate.
Dados
Minas Gerais é o terceiro estado com mais ligações pedindo socorro, segundo matéria do Jornal Estado de Minas em 20/07/2023. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram mais de 31 mil ligações para o 190 no ano de 2022 contra 25 mil no ano de 2021. Em 2021, aos menos 154 pessoas morreram pelo simples fato da condição feminina. Minas Gerais é o estado que teve mais feminicídios em todo o país no ano passado. É o que mostra o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
No Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas, segundo dados do boletim da Rede de Observatórios da Segurança. Em 2022, o país registrou 1.437 mulheres vítimas de feminicídio, em que 61,1% dos casos eram de mulheres negras e 38,4% brancas.