sexta-feira, novembro 22, 2024
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Câmara de Ipatinga institui Semana de Conscientização da Doença Falciforme+

Alessandra Rodrigues Bispo pediu apoio na aprovação na matéria por considerar ser “de extrema importância debater o tema, pois se trata de uma doença séria que, atualmente, pode ser diagnosticado por meio do teste do pezinho

IPATINGA – A Câmara Municipal de Ipatinga aprovou a instituição da Semana de Conscientização, Orientação, Prevenção e Tratamento da Doença Falciforme, no calendário oficial do município. A matéria (PL nº19/23), de autoria do vereador Tunico (Podemos), tem como objetivo a promoção de ações de conscientização e prevenção da doença.

“Nossa intenção é ampliar a informação e o conhecimento sobre essa doença, suas causas, sintomas, os meios de prevenção e de tratamento. E, entrando na pauta o calendário dos eventos oficiais, o governo tem como trabalhar não só a conscientização, mas também a busca pelo diagnóstico e o tratamento dos pacientes”, disse o vereador Antônio Alves, o Tunico.

A doença falciforme entrou na agenda nacional por meio da inclusão do teste do pezinho, instituído em julho de 1990. Já em 2005, uma portaria instituiu no Sistema único de Saúde (SUS) as diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias.

Em uso da tribuna popular, Alessandra Rodrigues Bispo pediu apoio na aprovação na matéria por considerar ser “de extrema importância debater o tema, pois se trata de uma doença séria que, atualmente, pode ser diagnosticado por meio do teste do pezinho, mas, na época em que fui mãe, há 26 anos atrás, só percebi algo errado em minha filha devido ao grande inchaço da minha bebê”, disse ela.

“Essa é uma doença genética mais comum no Brasil. Sua característica, de forma simplificada, prejudica o transporte do oxigênio ao pulmão e aos tecidos do corpo”, acrescentou Tunico.

A servidora pública da Câmara de Ipatinga Carla Priscila de Morais comentou que teve que fazer aconselhamento genético, pois descobriu numa doação de sangue que tem um traço da doença e seu esposo também possui um. “Assim sendo, nos preparamos para ser pais sabendo que nosso filho poderia ter vindo com a doença, mas, para a graça de Deus, ele veio sadio”, disse Carla.

Segundo justificativa do projeto, estudos mostram que quem vive com a doença possui, em média, 20 anos a menos. Os doentes têm fortes crises de dor, chamadas crises vaso oclusivas, estando associadas ao aumento da hospitalização e da mortalidade.

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