Festival Artes Vertentes segue até dia 26 em Tiradentes
TIRADENTES – Reconhecido como um dos mais importantes festivais de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes – Festival Internacional de Artes de Tiradentes (MG) escolheu para esta edição explorar a temática “Paisagens Imaginárias”. A programação, desenvolvida sob a curadoria do experiente Luiz Gustavo Carvalho, fundador da Ars Et Vita, empresa realizadora do evento, reúne concertos, exposições, exibições, espetáculos, bate-papos, residências artísticas, oficinas, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento.
A grade de programação do Festival Artes Vertentes busca elucidar e oxigenar conceitos, além de promover uma série de experiências imersivas envolvendo as mais diversas manifestações artísticas, incluindo análises de temas relevantes da nossa história, provocações e experimentações. Enquanto isso, celebra a criação e as possibilidades de conexão entre os meios, potencializando o fazer e a fruição artística de formas integradas.
Programação próximos dias
No dia 22, às 17h, o Chafariz de São José recebe o concerto Cantos de Caronte, destacando a criação do compositor, professor, crítico e jornalista musical, Leonardo Martinelli, considerado um dos maiores nomes em atividade no país na área de composição. A apresentação contará com leituras do escritor Felipe Franco Munhoz, além da participação dos músicos: Michel de Souza(barítono), Luca Raele(clarineta), Iberê Carvalho(viola), Augusto Andrade(contrabaixo) e Bruno Santos(percussão). Às 18h, no Centro Cultural Yves Alves, haverá a exibição do filme A estrangeira, dirigido por Feo Aladag. O longa alemão narra a história de Umay, uma jovem de descendência turca que sai de Istambul em busca de uma vida independente na Alemanha. Sua luta contra a resistência de sua família cria uma situação que chega a colocar vidas sob ameaça, retratando os conflitos reais entre tradições e valores culturais. Às 20h, a Igreja Nossa Senhora das Mercês receberá o concerto Amores transfigurados, com repertório de Marcos Filho, Maurice Ravel, Edmund Campion e Arnold Schönberg, interpretado por Michel de Souza(barítono), Sofia Leandro(violino), Elise Pittenger(cello), Bruno Santos(marimba) e Gustavo Carvalho(piano).
A programação do dia 23 terá início com o concerto Flores somos nós, somente flores…, que poderá ser conferido ao meio-dia, na Igreja São João Evangelista. A surpresa fica por conta do repertório que inclui peças de Johannes Brahms, György Kurtág e Béla Bartók. A execução ficará por conta do quinteto formado por Thorsten Johanns(clarineta), Stepan Yakovitch(violino), Justus Grimm(cello), Cristian Budu(piano) e Gustavo Carvalho(piano). A apresentação será acompanhada de leituras da escritora Maria Valéria Rezende. Às 16h30, o espaço Marcas Mineiras, recebe um Café Literário, com Felipe Franco Munhoz, que é escritor residente do Festival Artes Vertentes. Ele baterá um papo com o jornalista Irineu Franco Perpétuo, especializado na cobertura da música erudita. Às 19h, será a vez do público conferir uma performance que reúne música e audiovisual, apresentada pelo tradicional duo experimental mineiro O Grivo ao lado da artista plástica mineira Niura Bellavinha e do músico paulista Francisco César. A performance Esse Isso Aqui consiste em uma série de improvisações que ocorrem na intersecção da música experimental e contemporânea, o free-jazz e as pinturas expandidas realizadas ao vivo e será realizada no Museu Casa Padre Toledo, com entrada gratuita. Fechando o dia, o músico paulista Fábio Zanon, um dos artistas brasileiros de maior prestígio internacional da atualidade, realizará um recital de violão, na Igreja São João Evangelista, às 20h30, com repertório que inclui peças de compositores espanhóis e brasileiros, como Vicente Arregui, Federico Moreno Torroba, Joaquin Turina, Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.
No dia 24, a programação será iniciada no Centro Cultural Yves Alves com o encontro O Caçador e o Curupira e outras histórias do povo indígena Macuxi, com a escritora Trudruá Dorrico. Voltado para públicos de todas as idades, ela irá compartilhar contos do povo indígena Macuxi, que possuem uma vasta história de luta por direitos e pela terra. São povos habitantes em áreas da Venezuela, Guiana e Brasil(Roraima), onde estabeleceram a maior parte de suas comunidades. O encontro com a escritora contará com duas sessões, uma às 9h e outra às 15h, ambas gratuitas. Ampliando a atuação do festival, neste dia, às 17h, o concerto Artes Vertentes visita o Bichinho leva para a bucólica comunidade, vizinha de Tiradentes, uma apresentação gratuita na Igreja Nossa Senhora da Penha, reunindo os musicistas Stepan Yakovitch(violino), Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello) e Fabio Zanon(violão). No repertório, peças de Johann Sebastian Bach, Niccolò Paganini e Sergio Assad. Na sequência, às 19h, no Espaço Marcas Mineiras é a vez do concerto As canções de Felipe Franco Munhoz, interpretadas pelo próprio autor, em uma performance com guitarra e ukulele. Encerrando a programação, às 20h30, haverá a exibição do filme O velho e o novo, drama russo dirigido por Serguei Eisenstein e Grigori Aleksandrov, no Museu Casa Padre Toledo. O destaque da exibição ficará por conta da trilha sonora, que será executada ao vivo pelo O Grivo em colaboração com Francisco César.
No dia 25, a primeira atração do dia é o Café Literário, às 10h30, no Espaço Marcas Mineiras, com a escritora Maria Valéria Rezende. O encontro também marca o lançamento do livro Toda palavra dá samba. Às 12h, o concerto De povos e terras distantes, na igreja São João Evangelista, celebra peças de Antonin Dvorak, Robert Schumann e João Guilherme Ripper, reunindo os musicistas, Alexandre Barros(oboé), Stepan Yakovitch(violino), Justus Grimm(cello), Gustavo Carvalho(piano) e Cristian Budu(piano). A apresentação contará com leituras da escritora Maria Valéria Rezende. Às 18h, na Igreja São João Evangelista, outro concerto, intitulado A tarde de um fauno em paisagens do sul, que celebra o legado de compositores, como Benjamin Britten, Claude Debussy, Alberto Ginastera, Astor Piazzolla e Radamés Gnatalli. Para esta missão, foram escalados: Alexandre Barros(oboé), Stepan Yakovitch(violino), Iberê Carvalho(viola), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Gustavo Carvalho(piano) e Cristian Budu(piano).
Para encerrar a programação do 12º Festival Artes Vertentes em grande estilo, a curadoria escalou uma atração que irá surpreender o público. A ópera de câmara Canções do Mendigo será apresentada no dia 26 de novembro, às 11h, no Chafariz de São José. Baseado no romance “O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam”, as “Canções do mendigo” (2014) é uma ópera de câmara em apenas um ato, e tem música de Leonardo Martinelli e libreto de João Luiz Sampaio. A partir de uma mistura de teatro de prosa e teatro lírico, o público é convidado a mergulhar na conturbada mente desse personagem ácido e visceral, conhecendo sua visão de mundo, das pessoas e de seu amor perdido pela misteriosa N. Em cena estão: Michel de Souza(Mendigo), Iberê Carvalho(viola), Luca Raele(clarineta) e Gustavo Carvalho(piano). Às 17h, no Centro Cultural Yves Alves, haverá exibição do filme “Para casa”, do diretor ucraniano Nariman Aliev. Tendo perdido o filho mais velho na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, Moustafa decide levar o corpo dele de volta à terra natal: a Crimeia. Para isso, ele pega a estrada com seu filho mais novo. Uma viagem que vai mudar a relação deles para sempre. O concerto Antes das doze badaladas, às 20h, na Igreja São João Evangelista, encerra oficialmente a programação desta 12ª edição do Festival Artes Vertentes. Reunindo peças de compositores como Serguei Rachmaninov, Benjamin Britten, Robert Keeley e Serguei Prokofiev, a apresentação reunirá Alexandre Barros(oboé), Justus Grimm(cello), Fabio Zanon(violão), Cristian Budu(piano), Gustavo Carvalho(piano), além de leituras conduzidas pelos escritores Maria Valéria Rezende e Felipe Franco Munhoz.
Sobre o Festival Artes Vertentes
Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é um projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Vencedor do prêmio CONCERTO 2021 e nomeado para o prêmio internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas edições, o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 420 artistas, originários de 40 países.
O 12º Festival Artes Vertentes é realizado com o patrocínio da Cemig, Itaú, Copasa e Minasmáquinas.
Mais informações no site www.artesvertentes.com.
Cemig: a energia da cultura
A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo dos seus 70 anos de fundação, a empresa investe e apoia as expressões artísticas existentes no estado, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística e cultural no estado, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro. Os projetos incentivados pela Cemig objetivam chegar nas diferentes regiões do estado, beneficiando um maior número de pessoas e promovendo a democratização do acesso às práticas culturais. Assim, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete e reforça o compromisso e o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a nossa energia.
Serviço
12º Festival Artes Vertentes
Até 26 de novembro, em Tiradentes/MG
Programação completa: www.artesvertentes.com
Ingressos online para apresentações pagas: https://www.artesvertentes.com/ingressos