Gerente do PERD fala da Zona de Amortecimento do Parque do Rio Doce em Pingo D’água
PINGO D’ÁGUA – O prefeito Luiz Paulo, da cidade de Pingo D’água (MG) recebeu nesta quinta-feira (11) em seu gabinete, o gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinicius de Assis Moreira, e os Prefeitos, Vice-Prefeitos e Secretários de meio Ambiente dos Municípios de Bom Jesus do Galho, Córrego Novo e Pingo D’água, para uma conversa sobre a Zona de Amortecimento do Parque do Rio Doce.Durante o encontro, foram informados os caminhos que vão mediar os conflitos entre o Parque e as Comunidades. O gerente do PERD falou sobre a revisão e elaboração do plano de manejo do parque, visando expor as ações que o PERD está trazendo junto com o recurso que foi liberado pela Fundação Renova e a importância da contribuição dos municípios vizinhos no processo do desenvolvimento do Eco Turismo regional.
Os investimentos da Fundação Renova irão permitir, a potencialização da efetividade das ações de monitoramento, fiscalização, educação ambiental e pesquisa, além de contribuir para a legitimação social da unidade de conservação, por meio da excelência dos serviços prestados, da estruturação e difusão das pesquisas científicas desenvolvidas no interior do parque, do fortalecimento da relação com a comunidade do entorno e dos instrumentos de participação social.
Para a utilização dos recursos foi elaborado um plano de ações que será gerenciado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Os recursos estão sendo repassados por meio de depósitos judiciais à 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, que fará a gestão para que o governo estadual de Minas Gerais possa utilizá-los. Até o momento, foram destinados cerca de R$ 18 milhões.
O PARQUE
As primeiras iniciativas no sentido de preservar o Parque Estadual do Rio Doce surgiram no início da década de trinta, pelas mãos do arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, conhecido como bispo das matas virgens. Mas só em 1944 tornou-se oficialmente Parque.
O Parque Estadual do Rio Doce é primeira unidade de conservação criada no Estado de Minas Gerais e uma das primeiras do país, além de ser considerada a maior área contínua de mata atlântica preservada no Estado, detém rica biodiversidade e árvores centenárias.
Os rios Doce e Piracicaba são os principais corpos d’água da região. E o principal bioma é a mata Atlântica, que adentra regiões com florestas altas e estratificadas, sendo possível encontrar o jequitibá, a garapa, o vinhático e a sapucaia. Também abriga espécies raras e ameaçadas de extinção tanto da flora como da fauna.
As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de instrumento para pesquisas sobre a fauna aquática nativa.