Fundação Renova oficializa em Guanhães investimentos em restauração florestal na bacia do rio Corrente Grande
REDAÇÃO – Representantes da Fundação Renova participam nesta quinta-feira (21), em Guanhães, no Vale do Rio Doce (MG), de uma cerimônia para assinatura de um Termo de Compromisso de Investimentos para ações de restauração florestal. Também estarão presentes representantes dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH), CBH Doce e poder público.
A restauração será viabilizada pela Fundação Renova, que irá destinar, via Editais de Contratação de Fornecedores, cerca de R$ 170 milhões para ações na bacia do rio Corrente Grande. No momento, as equipes técnicas estão envolvidas nas etapas do processo, como recebimento de propostas técnicas e comerciais e avaliação de proponentes.
O objetivo dos editais é contratar empresas e/ou consórcios para prestar serviços técnicos, científicos e operacionais referentes à restauração florestal, atendendo parte do Programa de Recuperação das Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Recarga Hídrica (ARH) e do Programa de Recuperação de Nascentes degradadas da bacia do rio Doce.
Além de Guanhães, as áreas contempladas abrangem outros nove municípios mineiros: Açucena, Divinolândia de Minas, Gonzaga, Sabinópolis, Santa Efigênia de Minas, Sardoá, São João Evangelista, São Gerado da Piedade e Virginópolis.
Os esforços pela restauração do Corrente Grande vão beneficiar diretamente a população de Governador Valadares, já que é nesse manancial que será captada a água da nova adutora que está sendo construída pela Renova na cidade.
“Ao final, a empresa contratada será responsável por diversas atividades da restauração florestal, como realizar visitas técnicas para a identificação e validação de APPs e ARHs, de interesse dos programas; estaqueamento e cercamento das unidades de trabalho nas propriedades; elaboração e implantação dos Projetos Individuais por Propriedade (PIP) de restauração florestal e infraestruturas, como saneamento rural, barraginhas e dessedentação animal; além da implantação e execução de práticas de manutenção da restauração florestal por um período de 48 meses com o objetivo de atingir indicadores ecológicos relacionados”, diz José Almir Jacomelli, coordenador de Restauração Florestal da Fundação Renova.
Total de investimentos
Até o momento, a Fundação Renova irá destinar, via editais para contratação de fornecedores, mais de 740 milhões para promover a restauração florestal de, aproximadamente, 19 mil hectares, sendo 8,6 mil hectares na bacia do rio Manhuaçu (MG), 2,8 mil hectares nas bacias do Piranga (MG), do Santa Maria (ES) e do Corrente Grande (MG), 5 mil hectares na bacia do rio Guandu (ES) e outros 3,6 mil hectares do Corrente Grande.
O valor faz parte do montante de R$ 1,7 bilhão que será empregado no cumprimento de parte da meta socioambiental de recuperar 40 mil hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Recarga Hídrica (ARH) e de 5 mil nascentes ao longo de dez anos. Vale ressaltar que a Fundação Renova já possui contratos com 12 parceiros, execução em andamento, para restauração florestal de 15.500 hectares.
Programação do evento
– Abertura (14h)
– Falas Autoridades
– Apresentação Cultural da Comunidade Indígena Pataxó Gerú Tucunã
– Assinatura do Termo de Compromisso para Restauração Florestal na Bacia do Rio Corrente Grande
– Palestra Restauração Florestal na Bacia do Rio Corrente Grande – com Felipe Tieppo, especialista de Restauração Florestal da Fundação Renova
– Encerramento (16h)
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.