Energia solar por assinatura muda o jeito de consumir e produzir energia
REDAÇÃO – A tarifa de energia é um dos custos mais altos no orçamento das famílias brasileiras. E os reajustes não contribuem para o equilíbrio das contas, levando muitas pessoas a terem de mudar hábitos ou mesmo cortar outras despesas e atividades de lazer, menos prioritárias. O cenário, no entanto, pode ser uma oportunidade para buscar alternativas de energia mais econômicas. Nesse sentido, a energia solar vem conquistando mercados e clientes, oferecendo modelos que atendem a todos os públicos, com possibilidade, inclusive, de adesão por assinatura. Em Minas Gerais, a Cemig SIM (subsidiária integral da Cemig) oferta a modalidade para residências e empresas.
A SIM está no mercado desde 2019, com produtos e serviços de energia solar diversificados. A modalidade por assinatura é ideal para quem quer ter uma energia limpa e economizar na fatura – a redução pode chegar a 18% –, mas não tem imóvel ou propriedade adequados para a instalação dos paineis fotovoltaicos. “A partir do marco regulatório de geração distribuída, instituído em 2015, o mercado alcançou segurança jurídica para avançar ainda mais. E a geração remota é um atributo desse novo momento do setor de energia”, afirma Danilo Gusmão, diretor-presidente da Cemig SIM.
A geração remota permite que usinas solares injetem na rede de distribuição os créditos de energia processados pelos paineis fotovoltaicos. Essa energia é vendida na forma de créditos que podem ser abatidos nas tarifas de luz, desde que estejam na mesma área de concessão da distribuidora.
É o caso de Thaís Carvalhais Penchel Opsimakis, síndica de um condomínio de 128 apartamentos, localizado no bairro Belvedere, região centro-sul de Belo Horizonte. Thaís aderiu à modalidade de energia solar por assinatura para o condomínio com a SIM, em 2020. De acordo com ela, a principal motivação para alterar a forma de consumo de energia foi econômica. “A conta girava em torno de R$ 20 mil por mês. Um custo elevado, que me fez pesquisar outras alternativas. A energia solar por assinatura se mostrou a mais adequada para o que buscávamos: uma fonte limpa e que traria redução considerável em nossa fatura”, afirma.
A síndica revela que de janeiro a dezembro do ano passado a economia gerada com a energia solar por assinatura foi de R$48 mil. “Em 2021 foram mais de 20 aumentos de gás! A economia com a energia refletiu no custo geral do condomínio, pois foi possível encarar os demais reajustes com margem de manobra, como contratos com a conservadora, por exemplo. Enquanto outros custos sobem, a energia não onera mais nossa fatura”, pondera.
Thaís diz que os moradores apoiam 100% a modalidade de energia solar por assinatura e também, a relação estabelecida com a SIM, empresa responsável pela geração de energia do condomínio. “Recebemos o relatório de consumo, temos suporte para sanar possíveis dúvidas, somos tratados como clientes de verdade!”. Desde que o condomínio de Thaís firmou o contrato de energia solar por assinatura, a economia acumulada com a fatura chegou a mais de R$66,5 mil. No último mês (maio), esse montante foi de mais de R$3 mil. E as vantagens não param por aí: a energia solar permitiu ao condomínio evitar a emissão de 17.746 Kg de CO2 na atmosfera.
Expansão
Este ano, a Cemig SIM investirá mais de R$300 milhões na aquisição e construção de novas fazendas solares em Minas Gerais, o que irá refletir no aumento da oferta de energia no mercado. A empresa tem 50 novas usinas em prospecção – um avanço significativo na capacidade de geração de energia, evidenciando o protagonismo mineiro no setor e potencializando a mudança da matriz energética brasileira.
Cenário
Em maio, a energia solar bateu a marca de 1 terawatt de capacidade instalada no mundo, de acordo com dados do relatório “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, elaborado pela Solar Power Europe – entidade europeia do setor. Esse volume é maior do que a soma de consumo de Alemanha e França, por exemplo, duas das maiores economias do velho continente.
Conforme o estudo, a energia solar se tornou a segunda principal fonte energética do planeta, ficando atrás apenas da geração hidrelétrica. No Brasil, a perspectiva é de que a oferta da modalidade, que dobrou nos últimos três anos, repita o avanço para o próximo quadriênio.
As expectivas da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que 2022 poderá ser o melhor ano do segmento, desde 2012. A entidade estima que a potência operacional do sistema de energia solar brasileiro dobre, frente ao alcançado em 2021, superando os 17GW registrados naquele ano.
O forte ritmo de crescimento garantiu ao Brasil a 4ª posição no ranking mundial de países que mais acrescentaram capacidade de fontes fotovoltaicas na matriz energética, em 2021. O país ficou atrás de China, Estados Unidos e Índia.