sexta-feira, novembro 22, 2024
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Coronel suspende atividades com munição química após vazamento de gás em treinamento na Academia da PM

BELO HORIZONTE – Um vazamento de gás durante um treinamento de soldados na Academia de Polícia Militar causou a intoxicação de ao menos 30 alunos do Colégio Tiradentes, no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte. Os treinamentos com munição química no local foram cancelados e um inquérito foi instaurado para apurar os fatos.

De acordo com o coronel Eugênio Valadares, comandante da Academia de Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (9) os militares passavam por treinamento para operar instrumentos de menor potencial ofensivo quando incidente ocorreu.

“Estavam tendo treinamento normal em uma barraca de gás. Pode ser que essa barraca tenha caído e o gás vazado. Estamos apurando quais agentes químicos foram e o que ocorreu”, explicou.

O coronel garante que todos os protocolos foram seguidos durante o treinamento. “Os instrutores são qualificados. Os protocolos foram seguidos e nos precisamos apurar o que ocorreu. Profissionais qualificados, nós formamos mais de 6 mil militares em instrumentos de menor potencial ofensivo e em cinco anos esse é o 3º incidente. Quero acreditar que isso foi uma fatalidade, mas vamos apurar”, afirmou

A polícia vai apurar quais agentes químicos podem ter provocado a reação nos alunos. Segundo o Coronel Eugênio, as substâncias cloroacetofenona – usada na confecção de gás lacrimogêneo – e clorobenzeno – composto orgânico aromático – podem estar associadas ao caso.

Alunos apresentaram dificuldades para respirar

Segundo o tenente dos Bombeiros, Eduardo Moreira, os alunos que estavam em salas e também no pátio da escola teriam sido atingidos pelo agente químico que foi trazido pelo ar.

Pelo menos 30 crianças foram atendidas e encaminhadas para a UPA Oeste e para o Hospital Militar. Conforme o tenente, os alunos apresentavam problemas respiratórios.

“Fomos acionados por volta de 8h, para atendimento paras as crianças que estavam com dificuldade para respirar. Fizemos triagem e deslocamos com elas para o hospital militar. Algumas crianças chegaram a ter crise de ansiedade, o que dificultou o atendimento”, detalha.

O militar afirma que apesar do susto, os agentes químicos tem efeitos instantâneos e sem danos posteriores.

 

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