sexta-feira, novembro 22, 2024
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Turismo na Bacia do rio Doce será impulsionado com Arranjos Produtivos Locais

REDAÇÃO – Empreendedores da cadeia de turismo na Bacia do Rio Doce, de quatro municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, se organizaram em Arranjos Produtivos Locais para impulsionar a atividade turística, potencializando a vocação de cada região. Participam da iniciativa representantes do setor que atuam no turismo cultural, turismo de aventura, turismo rural e ecoturismo.

A atuação se concentra em três polos: o de Mariana (formado pelo município de Mariana), o do Médio Rio Doce (que abrange os municípios de Marliéria e Governador Valadares) e o da Foz (formado pelas comunidades de Regência, Povoação, Entre Rios, Areal, Comboios e Degredo, no município de Linhares, no Espírito Santo).

Com o apoio da Fundação Renova e da consultoria Moore, esses Arranjos Produtivos Locais (APLs) estão fazendo um diagnóstico do potencial turístico de cada polo e elaborando planos para desenvolvimento do setor na região.

O formato de Arranjo Produtivo Local reúne os principais empreendedores e lideranças da cadeia do turismo de cada polo, em busca do desenvolvimento do setor em cada região, com suas características e estruturas. A partir do trabalho de consultoria e capacitação desenvolvido, os grupos se fortalecem e se estruturam em torno de seu potencial.

O trabalho de assessoria técnica, consultoria e capacitação busca propiciar aos integrantes dos grupos a participação em eventos importantes do setor, como a Semana do Turismo, o Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura (ABETA) e a visita a um arranjo produtivo de turismo em Recife (PE).

 Histórico e Capacitações

O projeto é conduzido pelo programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, que, em 2020, fez um levantamento das regiões onde a atividade turística havia sido mais impactada pelo rompimento da barragem e que possuíam maior potencial de desenvolvimento do turismo. Definiram-se três regiões, que se tornaram os principais polos do projeto.

Cada um dos três polos se destaca em diferentes modalidades turísticas. Mariana conta com o turismo cultural e de aventura. O Médio Rio Doce, em Marliéria, tem o ecoturismo, no Parque Estadual do Rio Doce (PERD), e o turismo rural (cavalgadas), e em Governador Valadares, o turismo de aventura na prática do voo livre. E, por fim, na Foz do rio Doce, no Espírito Santo, o ecoturismo e o turismo de aventuras são os destaques.

“No ano passado, começamos uma mobilização com os empreendedores de turismo, e iniciamos as reuniões com os representantes de cada município, com o objetivo de elaborar um planejamento estratégico para o desenvolvimento turístico daquele município. Nessas reuniões, empreendedores, prefeituras e agentes capacitadores foram convidados a formarem os grupos. Trabalhamos com capacitações durante toda a pandemia”, explica Regiane Assis, analista do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova.

Um dos objetivos desse trabalho é a consolidação dos Arranjos Produtivos Locais e de sua governança, preparando o território e seus atores para a promoção e atração de visitantes, consolidando esses polos como destinos turísticos relevantes.

Para este ano, foram disponibilizados aos integrantes dos Arranjos Produtivos Locais cinco eventos de capacitação para a cadeia do turismo no geral.

Segundo a coordenadora do programa de Turismo, Educação e Cultura da Fundação Renova, Maria Cristina Aires, a proposta dos Arranjos Produtivos Locais é “estruturar uma cadeia produtiva local e capacitar os empreendedores e a gestão pública. O objetivo dessa metodologia é fazer com que os projetos da Fundação Renova no turismo local sejam sustentáveis”.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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