Timóteo e Ipatinga são as que mais vacinaram contra a Covid-19. Fabriciano está na lanterna
BELO HORIZONTE – O Tribunal de Contas de Minas Gerais identificou que mais de 800 mil mineiros ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19 no Estado, ao analisar os dados do Vacinômetro e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Após a constatação, o TCEMG emitiu um ofício aos municípios mineiros para que os prefeitos tomem providências para o bom desempenho do ciclo completo de vacinação. A reportagem do JBN teve acesso à íntegra do ofício que o TCEMG. Clique aqui e veja o ofício.
Coronel Fabriciano está atrasada na vacinação, em comparação as outras cidades da região do Vale do Aço. Enquanto Ipatinga, desde o dia 30 de agosto, já realiza a vacinação dos adolescentes de 12 a 17 anos com comorbidades, Timóteo iniciou no dia 27 de agosto a vacinação dos jovens entre 18 e 19 anos e, na rabeira, Coronel Fabriciano ainda inicia a faixa de 26 a 28 anos, a partir desta segunda-feira (8).
Segundo dados oficiais do Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde, informados pelos próprios municípios e extraídos do site https://coronavirus.saude.mg.gov.br/vacinometro, considerando a população adulta, Fabriciano atingiu apenas 62,49% da cobertura da 1ª dose (54.216) e 46,38% com a 2ª dose ou dose única (40.233), totalizando 94.449 doses, sendo que foram enviadas ao Município 108.053 doses, uma diferença estocada de 13.604 doses. Ipatinga completou 82,27% de cobertura da 1ª dose (165.849) e 30,62% da 2ª dose ou dose única (61.726). E Timóteo está na frente, com 85,39% (59.716) de cobertura da 1ª dose e outros 30,97% (21.656) da 2ª dose ou dose única.
Entre as orientações do ofício do Tribunal de Contas está a identificação das pessoas que estão com a segunda dose em atraso, contatar essas pessoas para que elas tomem a segunda dose e promover, dentro da realidade de cada cidade, campanhas publicitárias sobre a importância do esquema vacinal completo. “É necessário que seja implementado, com urgência, o trabalho de busca ativa das pessoas que não receberam a dose complementar do imunizante, ação essa extremamente oportuna para garantir a efetividade da vacinação prezando pelo bem-estar dos munícipes” disse o presidente do Tribunal, Conselheiro Mauri Torres, no ofício.
Além disso, o TCEMG reforçou a importância de que os municípios mantenham os dados do Vacinômetro, do governo estadual, e o SI-PNI, do governo federal, sempre atualizados, sobretudo em relação à segunda dose. O ofício reforça que “a transparência e a publicidade dos dados coletados poderão servir de indicadores epidemiológicos para definição de distribuição das doses relativas às próximas remessas de vacinas, ou para outras políticas públicas cabíveis”.
No intuito de apoiar os jurisdicionados, o Tribunal, disponibiliza informações e orientações no site https://www.tce.mg.gov.br/covid/. O levantamento foi feito pela Coordenadoria de Auditoria de Municípios, pela Diretoria de Controle Externo de Municípios e pela Superintendência de Controle Externo.