Redação– Um plano de desenvolvimento que apoie a retomada gradual das atividades econômicas, a ser implantado de forma justa, dinâmica e distributiva. Essa é a principal proposta que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) pretende viabilizar nos próximos anos, segundo o seu presidente, deputado Agostinho Patrus (PV).
Ao discursar após ser reempossado no cargo na tarde desta segunda-feira (1º/2/21), ele firmou o compromisso de guiar as ações do Legislativo mineiro nessa perspectiva, tendo como inspiração o plano implantado pelo ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek.
Na solenidade, da qual participaram também o governador Romeu Zema (Novo) e outras autoridades, tomaram posse além do presidente os outros seis deputados integrantes da Mesa: Antonio Carlos Arantes (PSDB), 1º-vice-presidente; Doutor Jean Freire (PT), 2º-vice; Alencar da Silveira Jr. (PDT), 3º-vice; Tadeu Martins Leite (MDB), 1º-secretário; Carlos Henrique (Republicanos), 2º-secretário; e Arlen Santiago (PTB), 3º-secretário.
Desigualdade – “Vivemos tempos em que coexistem crises diversas e simultâneas e que devem ser enfrentadas e vencidas”, reforçou Agostinho Patrus, acrescentando que é necessário que as ações estejam calcadas numa verdadeira “filosofia social”.
Ele justificou essa opção num dado revelador: as mil pessoas mais ricas do mundo levaram nove meses para zerarem suas perdas causadas pela pandemia enquanto os mais pobres demorarão 14 vezes mais – mais de dez anos – para atingir esse objetivo.
Nesse sentido, o dirigente saudou os demais parlamentares, afirmando que dessa forma estava renovando sua crença na força do Parlamento mineiro. “A Assembleia é a arena adequada para a discussão sobre a retomada do crescimento”, disse. E completou que são necessários coragem e ímpeto para o enfrentamento tanto do coronavírus quanto em favor de pautas relevantes para o Estado.
Em entrevista coletiva à imprensa, após a posse, o presidente Agostinho Patrus afirmou que as prioridades da Assembleia neste início de ano serão a discussão de providências para a retomada do desenvolvimento econômico, por meio do plano Recomeça Minas, e o acompanhamento do processo de vacinação contra a Covid-19 no Estado. Ele complementou que o debate em torno da recuperação econômica em Minas também precisa incluir o tema da taxação sobre o minério de ferro exportado pelo Estado.
Transformação – Em sua fala, Romeu Zema parabenizou a ALMG pela nova eleição de Agostinho Patrus, desejando boa sorte aos eleitos. Destacou a necessidade de parceria com o Legislativo “para propiciar um Estado melhor a todos os mineiros”. E lembrou que sua gestão à frente do Estado teve início quando Agostinho Patrus assumiu pela primeira vez como presidente.
“Tinha o desejo de mudar Minas Gerais, muito maltratado e com uma das piores situações no Brasil. Trabalhei com afinco nestes dois anos para transformar o Estado”, declarou o governador. Ele ressalvou que essa transformação não se faz de uma hora para outra e nem é promovida somente pelo Executivo, mas por meio do trabalho conjunto dos parceiros.
Entre os avanços obtidos por seu governo, Romeu Zema citou o fechamento de um acordo com a Vale, em que os valores pagos pela mineradora serão revertidos em obras e serviços. Ele comemorou ainda o fato de ter colocado em dia o pagamento a fornecedores do governo, o que permitiu a Minas se tornar um dos estados com melhor desempenho no combate à pandemia.
Por fim, o dirigente destacou a reforma da previdência, como fruto da parceria entre governo e ALMG. “Temos objetivos comuns e sabemos que podemos propiciar um futuro melhor a todos os mineiros. Vamos pavimentar essa estrada que nos levará a um Estado com mais oportunidades”, concluiu.
Toque de silêncio – Durante a solenidade de posse, foi ainda executado um toque de silêncio pelo soldado Queiroz, do Corpo de Bombeiros Militar, em homenagem às vítimas da Covid-19. Pouco depois, do lado de fora do Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira (Edjao), onde aconteceu o evento, dezenas de agentes socioeducativos contratados do Estado fizeram um protesto. Os manifestantes reivindicaram sua recontratação pelo governo, já que seus contratos venceram e eles foram exonerados.
Também estiveram presentes ao evento dezenas de parlamentares e os presidentes dos seguintes órgãos estaduais: Tribunal de Justiça, desembargador Gilson Soares Lemes; Ministério Público de Minas Gerais, procurador-geral Jarbas Soares Jr.; Defensoria Pública, Gério Patrocínio Soares; Tribunal de Contas, conselheiro Mauri Torres. E ainda: a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida; e o ex-presidente da ALMG, Adalclever Lopes, representando o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.