sexta-feira, novembro 22, 2024
CidadesDestaques

Pequenos produtores de Rio Casca faturam R$ 174 mil com safras de feijão

REDAÇÃO – Agricultores familiares do município de Rio Casca (MG) alcançaram o faturamento de cerca de R$ 174 mil com a venda das safras de feijão nos dois últimos anos. Esses pequenos produtores participam do Projeto Feijão, iniciativa da Fundação Renova em parceria com a marca PINK, do grupo DGH Foods, a Prefeitura Municipal de Rio Casca e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Ao todo, 32 famílias de produtores das comunidades rurais de Rochedo, Córrego Preto e Leonel, que já plantavam feijão, mas tinham dificuldade de comercializar a produção, participam do projeto. A iniciativa foi criada para apoiar esses pequenos produtores a aperfeiçoar o cultivo e a qualidade dos grãos, a fim de permitir um acesso a um mercado maior e ampliar a renda.

Juntas, as safras de 2020 e 2021 totalizaram 686 sacas colhidas, cerca de 41 toneladas de feijão carioca, da variedade marhe. Há, ainda, uma produção adicional que não é comercializada, sendo destinada à alimentação das próprias famílias envolvidas no projeto e reservada para cultivos futuros.

Com sementes de qualidade superior, o feijão cultivado pelas famílias alcançou a classificação Tipo 1, mais valorizada pelo mercado, e o valor da saca também dobrou.

“No cenário atual, de economia em crise, pandemia e dificuldades para prover assistência técnica, é muito significativo alcançarmos a geração de renda superior a R$ 170 mil a essas famílias, que às vezes até perdiam ou vendiam seu feijão por valores irrisórios por dificuldades de acesso ao mercado”, diz André Mapa, analista de Economia e Inovação da Fundação Renova.

 Próximas ações

Finalizada a segunda safra, entre as próximas ações planejadas dentro do projeto está o apoio às comunidades na formalização de uma Associação de Produtores Rurais, o que permitirá desenvolver outras atividades produtivas e captar recursos para colocá-las em prática. A implementação de um banco de sementes, por meio do trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), já está em andamento nas comunidades.

O projeto

Para o desenvolvimento do Projeto Feijão, primeiro foi criado um plano de assistência técnica para melhoria do cultivo. Depois de analisar o solo da região, a Emater-MG indicou as ações necessárias para corrigir a acidez da terra e incrementar a concentração de nutrientes.

Além da consultoria e assistência técnica, os agricultores também receberam da Fundação Renova sementes, adubo e o agrosilício – “corretor” do solo – para o devido tratamento da terra antes do cultivo.

A abertura de mercado foi feita com a DGH Foods, que orientou a comunidade sobre as especificações necessárias para a venda do feijão. Detentora da marca Pink, a empresa criou uma embalagem exclusiva para o produto, chamado de Cultivo do Bem, que leva também o selo Amigos do Rio Doce, símbolo do apoio a produtores rurais e empreendedores da região.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi instituída por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

Compartilhe em suas redes sociais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *