Monumento maçônico em praça intriga moradores de Fabriciano
FABRICIANO – No final do mês de julho um monumento maçônico foi instalado na Praça das Mães, localizada em frente ao Supermercado Villefort, no bairro Bom Jesus, em Coronel Fabriciano. A obra é um obelisco, monumento típico do antigo Egito, e traz o símbolo da Maçonaria e uma placa em homenagem aos 70 anos da Maçonaria na região.
Um senhor, identificado como apóstolo Jeremias, postou no seu perfil no Facebook a seguinte cobrança: “queremos resposta (…) porque a Prefeitura investiu tanto neste monumento, que para a população não tem serventia nenhuma. As igrejas evangélicas não tem privilégio nem para ser atendida na Prefeitura. Será que os vereadores de Fabriciano aprovaram isso? A Maçonaria não é instituição pública para receber um investimento público. Revoltante a falta de respeito com os evangélicos e católicos”, reclama. Ele também compartilhou um vídeo nas redes sociais.
Requerimento
Em resposta aos inúmeros questionamentos da população, um requerimento protocolado na Câmara nesta sexta-feira (6), de autoria do vereador Nélio do Abacaxi (PP) pede informações ao chefe do Executivo sobre a legalidade do gasto público. “A Prefeitura deve uma explicação à população: o que um monumento maçônico está fazendo em um local público e pago com o dinheiro público? Muitas pessoas estão me procurando e dizendo que se o prefeito colocou um monumento para a Maçonaria também era preciso colocar para as outras religiões”, enfatiza.
Gastos públicos
Segundo dados extraídos do Portal da Transparência, a Prefeitura contratou uma empresa local (Contrato nº 122/2021, com vigência até 20/07/2021), para a execução do monumento obelisco na Praça das Mães, pagando o valor de R$ 17.945,78, utilizando recursos ordinários do caixa municipal (Empenho nº 4990/2021, de 20/05/2021).
Conforme pesquisa realizada pela reportagem do JBN, existem esculturas semelhantes em outras cidades, mas construídas pela própria Maçonaria.
NOTA
Apesar do JBN solicitar da prefeitura de Fabriciano um posicionamento a respeito da questão, até o fechamento desta edição – 18h12, desta sexta-feira (6/08), a administração fabricianense não havia encaminhado nenhuma manifestação.