sexta-feira, novembro 22, 2024
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IBGE lança livro que cataloga mais de 500 espécies de gramíneas do Cerrado

REDAÇÃO – As gramíneas pertencem à família botânica Poaceae, uma das mais diversas e amplamente distribuídas no mundo. Elas também figuram entre as dez famílias com o maior número de espécies conhecidas no Brasil, estando presentes em todos os biomas do país. O livro aborda particularmente as do Bioma Cerrado, onde se sobressaem nas formações campestres e savânicas. Também estão representadas nos sub-bosques das florestas úmidas e pelos bambus e taquaras.

Sua relevância vai além dos aspectos ecológicos: as gramíneas contribuíram diretamente para a agricultura ao longo do desenvolvimento humano, através de alimentos como o trigo, o milho, a cevada e o arroz. Também é dessa família a cana-de-açúcar, que além de mantimento, é uma importante fonte de biocombustíveis. Os bambus, muito utilizados na construção civil, também são gramíneas. No Cerrado e, especialmente, nos biomas Pantanal e Pampa, as pastagens naturais de gramíneas nativas são tradicionalmente utilizadas para criação de gado.

“O livro tem ampla contextualização bibliográfica e uma introdução abrangente sobre a família, sua importância e seu estudo, além de chaves de identificação e descrições botânicas de mais de 500 espécies”, explica Bergamini. Ao todo, são apresentadas 532 espécies, distribuídas em 117 gêneros, 28 tribos e 8 subfamílias. Boa parte do material pesquisado se encontra no acervo dos herbários do IBGE em Brasília e Salvador, que estão disponíveis para consulta pública no banco de dados digital JABOT.

A publicação traz ainda, no apêndice, uma visão geral do conteúdo em língua inglesa e uma sintética explanação sobre técnicas de coleta para estudos taxonômicos, anatômicos e citológicos. “A equipe de apoio à publicação da obra reviu todo o material organizado pelo autor e manteve o texto o mais original possível, atualizando apenas algumas informações. Além de um material técnico valioso, essa publicação é uma homenagem a esse importante pesquisador e colega que tanto contribuiu para o conhecimento da biodiversidade e para o rico acervo dos herbários do Brasil e do mundo”, completa Bergamini.

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