Governador Romeu Zema garante recursos para reforma da Ponte Queimada
PINGO D’ÁGUA – Fruto da mobilização iniciada pelo ex-prefeito de Córrego Novo, Ailton Top Laje, no último mês de março, junto com o sr. José Altair Duarte, que coletou mais de 5 mil assinaturas em um abaixo-assinado pedindo a restauração da Ponte Queimada, o governador de Minas, Romeu Zema, acaba de assegurar os recursos para a reforma de toda a estrutura do equipamento.
No encontro realizado na Ponte Queimada, no mês de março, a participação dos prefeitos de Marliéria (Hamilton Lima), Pingo D´água (Luiz Paulo), deputada Rosângela Reis, Córrego Novo (Eder Fragoso) e Jaguaraçu (Márcio Lima), além de vereadores, o movimento de ciclistas, jipeiros, do Movimento MG-760 e comunidade em geral, foi de fundamental importância para o assunto ganhasse força na esfera estadual.
Segundo o ofício assinado pelo secretário de Estado de Planejamento, Otto Levy, “o governo de Minas Gerais envidará esforços para destinar os recursos necessários para restauração da ponte”, a partir do Programa de Concessão de Parques Estaduais (PARC), onde o Parque Estadual do Rio Doce (Perd) está incluído.
O ofício ainda reforça que “caso a concessão não se demonstre viável para o parque e o atrativo não possa ser explorado via concessão, os investimentos necessários à Ponte Queimada deverão ser garantidos a partir dos recursos do Acordo de Cooperação celebrado com a Fundação Renova e recentemente homologado em juízo”.
História da Ponte Queimada
A Ponte Queimada é uma ponte entre os municípios de Pingo-d’Água e Marliéria, com 136 metros de extensão, sobre o Rio Doce. A data exata da construção original é incerta, porém sabe-se que ocorreu no século XVIII ou no século XIX, com a abertura de uma estrada pelo local. Ela foi reconstruída na década de 1930, preservando desde então suas características de pilares de concreto, vigamento de ferro e corpo em madeira.
Por conta de sua importância histórica, a administração de Marliéria iniciou um projeto de tombamento da ponte pelo IPHAN em 2018.
A origem do nome ponte é incerto. Uma versão defende que seria com a abertura da estrada durante a exploração do Vale do Rio Doce no século XVIII. Como não foi encontrado ouro em abundância, o caminho passou a ser utilizado como ligação entre Ouro Preto e um presídio em Cuité (região de Conselheiro Pena) e por isso ficou conhecido como Estrada do Degredo. A ponte então teria sido incendiada por prisioneiros na tentativa de fugir da polícia em 1794, ou mesmo pelos próprios soldados para evitarem o caminho perigoso.
Em outra narração, a ponte possivelmente foi construída por Guido Marlière e incendiada por indígenas na tentativa de se defenderem dos forasteiros no século XIX. Os indígenas, por sua vez, colocavam a culpa nos soldados.