sexta-feira, novembro 22, 2024
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Filas enormes nos bancos é o reflexo da redução de funcionários. BB anuncia mais demissões

Redação – Os usuários dos serviços bancários infelizmente já estão acostumados com as filas intermináveis no atendimento presencial. Essas filas, no entanto, são resultado de medidas de precarização das condições de trabalho dos bancários, bem como da diminuição do número de funcionários por meio de Programas de Desligamento Voluntário (PDVs), aliados a demissões e falta de reposição de funcionários, que acontecem há anos.

No contexto da pandemia de covid-19, estas filas se tornaram ainda maiores e perigosas: não há distanciamento correto entre as pessoas, favorecendo a disseminação do vírus entre os clientes e trabalhadores que atendem presencialmente.

Diversas agências foram fechadas ao longo do ano de 2020, no Brasil e na região, por conta da contaminação dos funcionários com covid-19. Isso prejudica a saúde dos bancários, que trabalham cada vez mais sobrecarregados, com metas cada dia mais abusivas, com medo da doença e de contaminar familiares e, consequentemente, colaboram com o aumento das filas.

Somente os bancários da Caixa atenderam, em tempo recorde, cerca de 120 milhões de brasileiros que teriam ficado sem renda para enfrentar os desafios constantes da pandemia. No entanto, o banco passa por grande ameaça de privatização de seus serviços, o que irá contribuir ainda mais para a precarização do trabalho e atendimentos.

Na terça-feira (12) a Caixa completou 160 anos de fundação. Várias manifestações foram realizadas com a finalidade de chamar atenção ao fato de o banco ser patrimônio dos brasileiros, estando presente no dia a dia desde os quesitos mais básicos da vida de um ser humano até ajudando na realização de sonhos. O banco também é o que tem mais alcance, com atendimentos em cerca de 97% dos locais do país, auxiliando no desenvolvimento, infraestrutura, educação e moradia.

O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira (11) que pretende demitir 5 mil funcionários até o início de fevereiro e desativar 361 unidades, entre as quais 112 agências e 242 postos de atendimento. Além do ataque aos direitos dos trabalhadores, que estão sendo removidos dos seus pontos, com comissões reduzidas, esse desmonte também deve afetar o atendimento à população. Ao mesmo tempo, o banco cortou o convênio que possibilitava a transação bancárias dos seus clientes nas casas lotéricas.

Bancos privados como Bradesco, Santander e Mercantil do Brasil também passaram por processos de diminuição de funcionários no ano de 2020. Várias manifestações dos trabalhadores foram realizadas no intuito de frear essa “limpeza” nos bancos.

A melhora dos atendimentos e segurança para todos passa por políticas de valorização dos trabalhadores, mais contratações e melhores condições de trabalho. A sociedade, como parte diretamente afetada pelo problema, também deve se posicionar a favor dos funcionários de bancos públicos e privados. A união dos trabalhadores, movimento sindical e sociedade fortalecerá a luta por melhores condições de trabalho e atendimentos, reduzindo, assim, as intermináveis filas nas portas dos bancos e a contaminação por covid-19 nas agências.

 

 

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