Emater-MG e Polícia Militar reforçam segurança no campo contra ladrões de café
REDAÇÃO – Com o início da colheita de café e o aumento do risco de atuação de criminosos nas regiões produtoras, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a Emater e outras instituições se mobilizam na operação Campo Seguro. A ação, lançada em Capelinha, na região cafeeira Chapada de Minas, será estendida a todo o estado durante o período de safra.
A Campo Seguro é uma ampliação da Operação Safra Segura, que era centrada nas regiões cafeeiras de Minas, como explica o major Paulo Alexandre Cabral, adjunto de Emprego Operacional da Assessoria Estratégica de Operações da Polícia Militar. “A Operação Campo Seguro é mais ampla. Ela visa a segurança no meio rural de um modo muito mais completo”, disse. De acordo o militar, este ano a ação deverá contar com a participação da polícia ambiental e rodoviária. “O meio rural é muito importante. Estamos investindo em estratégias constantemente, fortalecendo as equipes de patrulha rural, inclusive com o policiamento ambiental e rodoviário”, completou.
Estratégias
A operação conta com ações e estratégias de segurança em municípios como Água Boa, Aricanduva, Angelândia e Capelinha, que reúne 1.260 cafeicultores na região de Chapada de Minas, que tem cerca de 200 cidades produtoras.
Entre as abordagens há visitas preventivas às propriedades de café, com orientações básicas de segurança para produtores, familiares e funcionários, distribuição de folhetos com dicas de segurança, colocação de placas preventivas, formação de grupos de WhatsApp com cafeicultores, PMs e Emater-MG, responsável por fornecer informações para ajudar a formar a rede de segurança proposta pela PM.
“Nosso maior papel nessa operação é a extensão rural. É todo o elo que a gente vai fazer entre a PM e as comunidades, passando informações que temos. Por exemplo, a Emater fez todo o levantamento do parque cafeeiro. Sabemos onde estão as lavouras, o foco do café da agricultura familiar, os grandes produtores, as lideranças”, explica o gerente da Emater, Valmar Gonçalves.
Para a presidente do Instituto do Café da Chapada de Minas, em Capelinha, Carmem Lídia Junqueira, esse tipo de trabalho é de grande importância para trazer segurança ao meio rural, principalmente para pequenos produtores e agricultores familiares. “Esse projeto é de uma importância enorme. Dará muita tranquilidade ao pequeno produtor principalmente, visto que ele está mais vulnerável”, afirma.
Segundo a produtora, o Instituto do Café da Chapada de Minas vai ajudar na divulgação da iniciativa. A entidade tem 120 associados na região, que representam 22 municípios.