Em função de obrigatoriedades impostas pelo decreto estadual, Ipatinga entra na Onda Roxa
IPATINGA – Em função de obrigatoriedades impostas por decisão anunciada e oficializada pelo governador Romeu Zema, que inclui todos as cidades do Estado na chamada Onda Roxa, a classificação mais restritiva do Programa Minas Consciente de enfrentamento à pandemia de Covid-19, o município de Ipatinga passa a cumprir novas regras, a partir desta quinta-feira (18), quanto ao funcionamento do comércio, indústria e prestação de serviços, além de vivenciar pelo período de duas semanas a limitação para movimentação de pessoas em espaços públicos.
Embora sempre preze pela preservação da economia, em paralelo com a adoção de protocolos sanitários, esforços para ampliação da cobertura vacinal e uma série de outras medidas voltadas para a proteção da saúde da população, o prefeito Gustavo Nunes decidiu nesta quarta-feira (17) acatar a decisão do Governo de Minas, tendo em vista o seu caráter impositivo e as sanções determinadas para eventual inobservância.
Nos últimos dias – também em função de um grande número de pacientes originários de cidades vizinhas – o município tem vivenciado o pior momento da pandemia do novo Coronavírus, com leitos insuficientes para atender à demanda dos casos graves. Há duas semanas a ocupação de UTI’s é total e, nesta última, também a taxa de Enfermaria chega a quase 100%.
O chefe do Executivo explica que no início do mês de março o Supremo Tribunal Federal (STF) sinalizou garantia aos Estados para legislarem quanto à situação nos municípios. E, assim, Ipatinga pretende acionar judicialmente para que possa manter seus próprios protocolos.
“Fomos surpreendidos nesta segunda-feira (15) com a decisão do Governador Romeu Zema de incluir todo o Estado de Minas Gerais na Onda Roxa, provocando assim um ‘lockdown’ nos 853 municípios. De antemão, deixo claro que não concordo com esta medida, e afirmo que o nosso Governo irá recorrer ao STF para garantir a autonomia do nosso município”, disse o prefeito.
Gustavo Nunes explica ainda que, quanto ao fato de a cidade de Coronel Fabriciano não ter acatado a determinação do Estado, “é importante esclarecer que o município vizinho foi autor em uma ação judicial do ano de 2020 que ja foi julgada pelo STF e tem se amparado nesta decisão.
“Reitero que não concordamos com a decisão e que não queremos sacrificar ainda mais nossos comerciantes e a economia local” – reafirmou o prefeito, para acrescentar em seguida: “Porém, neste caso, esta é uma decisão que não cabe a nós no momento. Compartilho com você, cidadão ipatinguense, que estamos desde ontem (16), em Brasília, buscando socorro junto ao Ministério da Saúde, na expectativa de que nos ajude a ampliar nosso número de leitos e melhorar nosso sistema de saúde”.
Gustavo pede a compreensão de toda a população em relação ao posicionamento e continua contando com a ajuda dos munícipes no cumprimento das regras sanitárias, “para que juntos possamos vencer este momento difícil, de angústia e de dor”.
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