Começou em Timóteo o 1º Fórum Municipal de Vigilância em Saúde
TIMÓTEO – O 1º Fórum Municipal de Vigilância em Saúde de Timóteo foi aberto nesta terça-feira (19) com a participação de profissionais de saúde, gestores, acadêmicos, conselheiros de saúde do município e da região metropolitana. O evento, que prossegue até o dia 22, tem por objetivo principal o fortalecimento das ações do Sistema Único de Saúde e a valorização das ações de prevenção e promoção da saúde. O foco central de discussões no primeiro dia do fórum foi a importância das ações integradas de Vigilância em Saúde.
A abertura do evento foi realizada pelo titular da Secretaria de Saúde e Qualidade de Vida de Timóteo, Eduardo Morais, que destacou a relevância do evento para o fortalecimento das políticas públicas de saúde, promovendo mais acesso, ciência e tecnologia para a área. “Em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, estamos debatendo a saúde na Região Metropolitana do Vale do Aço, por isso convidamos alunos de instituições acadêmicas de cursos ligados à saúde, sociedade civil, Conselho Municipal de Saúde para que juntos possamos desenvolver o potencial institucional e de nossos trabalhadores”, afirmou o secretário.
De acordo com Eduardo Morais, é necessário que a sociedade reconheça a importância do Sistema Único de Saúde, um dos maiores sistemas de saúde mundialmente conhecido e único a oferecer gratuitamente todos os procedimentos. “Somos referência mundial em transplante de órgãos e tecidos e em política de imunização em função da erradicação de várias doenças. Neste momento de maior crise sanitária devido à pandemia da Covid-19, temos que ressaltar a grandeza e a importância científica, assistencial e tecnológica do SUS”, defendeu o secretário, agradecendo aos profissionais de saúde que têm trabalhado em defesa da vida, com foco nos usuários e nas ações de prevenção de doenças e promoção da saúde.
Integração
A primeira palestra do Fórum de Vigilância foi ministrada pelo médico ortopedista Arnóbio Moreira Félix, que desenvolveu o tema “A oportunidade nas dificuldades”, palestra motivacional que abordou os desafios dos profissionais da área. Logo após, a coordenadora do Grupo de Análise e Monitoramento da Vacinação (GAMOV) da Secretaria de Estado da Saúde, Janaina Fonseca Almeida, tratou das interfaces da Vigilância em Saúde, abordando o tema “A importância das ações integradas de Vigilância em Saúde”.
Hoje, a Vigilância em Saúde abrange as áreas de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Controle de Zoonoses, Vigilância Ambiental, Serviço de Atenção Especializada/IST e Saúde do Trabalhador. “Esses setores englobam várias ações transversais e integradas. Desta forma, precisamos trabalhar de forma conjunta com os demais setores, principalmente a atenção primária, para fazer com que esses processos aconteçam de forma efetiva nos territórios”, frisou a coordenadora.
Almeida citou como exemplo a pandemia da Covid-19 que fez com que a Vigilância em Saúde e a Atenção Primária trabalhassem de forma contínua e conjunta no plano de imunização para a redução dos efeitos do coronavírus. “Observamos a redução importante do número de óbitos e a volta das atividades e eventos presenciais, o que demonstra que a vacinação está funcionando bem”, comentou, acrescentando que a realização de debates como o Fórum de Vigilância em Saúde é uma estratégia essencial para a promoção da integração das ações.
Por sua vez, a gerente de Vigilância em Saúde de Timóteo, Madalena Rodrigues, afirmou que as práticas integrativas devem focar nos territórios, porque são neles que os problemas da comunidade acontecem. “Não temos como atuar sem conhecer a realidade do território dos usuários e, para isso, é indispensável a participação da Atenção Primária, principalmente dos médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, que devem trabalhar de maneira integrada”, ponderou.
Madalena Rodrigues acrescentou que a comunidade faz parte desse processo de integração. “Na pandemia, as pessoas ouviram falar em indicadores de saúde, quarentena, rastreamento, pesquisas sobre contagio e imunização. A partir desse conhecimento, a comunidade passou a contribuir com nosso trabalho, não só seguindo as orientações sanitárias como também denunciando casos de infração aos protocolos de segurança sanitária”, expôs.