LINHA DE CRÉDITO: Crescer em meio à pandemia é a proposta do BDMG a pequenos empresários
Redação – Desde o início da crise imposta pela pandemia de covid-19 no Brasil e no mundo, o Governo de Minas vem trabalhando para dar apoio e suporte às empresas instaladas no estado. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) já lançou diversas linhas de crédito voltadas para negócios de micro, pequeno e médio porte (veja no site www.bdmg.mg.gov.br). Entre os clientes estão salão de beleza, loja de móveis, óticas, mercearias, restaurantes, fábrica de massas, escolas e estabelecimentos da área da saúde.
A instituição financeira estadual fechou 2020 com desembolso nominal recorde em sua história: R$ 2,85 bilhões, alta de 118% em relação a 2019. E o segmento que apresentou o maior crescimento do desembolso foi justamente o de micro e pequenas empresas, que recebeu R$ 906,2 milhões, mais de quatro vezes (+343%) o liberado em 2019 e, também, recorde na história do banco.
Andréa Meireles Melgaço, proprietária de uma pequena fábrica e loja de massas artesanais, a Uai Itália Massas Artesanais, procurou o banco a fim de expandir os negócios. “No início da pandemia, com o fechamento do comércio, criou-se uma grande insegurança. Não sabíamos como ficariam as vendas e o que aconteceria amanhã”, lembra.
Com faturamento médio mensal de R$ 30 mil, a empresária também usou a criatividade para driblar a crise. “Não tivemos que fechar a loja. O que houve foram adaptações: servir as massas prontas para serem consumidas em casa, por exemplo. O que na verdade surpreendeu nossas expectativas e está dando muito certo”, conta a empresária.
Crescimento
Andréa destaca que a trajetória ascendente do negócio justificou a tomada de crédito com o BDMG. “As taxas de juros praticadas são bem interessantes. Tanto que quase não acreditei no que era oferecido”.
Segundo ela, o processo foi ágil e sem muita burocracia. “Consegui o valor que precisava para manter e fazer crescer meu negócio. O prazo e o valor das parcelas são feitos sob medida para o comerciante pagar sua dívida e manter seu negócio de forma satisfatória. O empréstimo do BDMG significou oportunidade única de poder crescer realmente e investir em meu negócio”.
Com a fábrica prosperando, Andréia tem expectativa no fim da crise. “O comerciante que trabalha com esperança precisa acreditar, senão o negócio morre. Ter um comércio não é algo fácil, exige vencer batalhas todos os dias. Sigamos em frente, pois, logo que as coisas normalizarem, vamos crescer ainda mais”, diz ela.
Tradição e família
Há 59 anos, o barbeiro Pedro Máximo fundou o Salão do Pedrinho. Com a ideia de criar espaço especializado em serviços de corte (e entretenimento) infantil, o negócio cresceu e a família prosperou.
Hoje, Pedrinho é aposentado e são os filhos que tocam a empresa, que tem sede no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
À frente da administração, a fisioterapeuta Patrícia conta como a família precisou recorrer ao BDMG para manter o negócio são e com perspectivas de expansão. “Houve crises nos últimos anos e esses tempos difíceis ganharam amplitude com a pandemia. Tivemos que buscar alternativas para seguir em frente, não só ganhando nosso sustento (somos cinco irmãos) como honrando o legado do meu pai. Entre as alternativas decidimos fechar lojas em que pagávamos aluguel, rever custos e solicitar um empréstimo para reinvestir na loja própria e em novos projetos”, conta.
Com o apoio do banco, revela a empresária, há perspectivas cada vez melhores para o salão. “Avaliamos as condições do BDMG como as mais atrativas do mercado em termos de acesso, prazo para pagar, agilidade e taxas de juros. Também cortei despesas, pensamos em um orçamento mais enxuto. E estamos cada vez mais fortes e certos das boas perspectivas para o futuro. Atuar neste negócio de família nos dá o sustento e felicidade”.
Covid-19
Em função da pandemia, o BDMG também estruturou linhas especiais de crédito para o atendimento ao setor de saúde. O desembolso para as empresas vinculadas a este segmento alcançou mais de R$ 185 milhões só no ano passado.
Com 40 anos de história, a Center Lab recorreu a empréstimo com o banco para acelerar e ampliar a produção de testes de covid-19 (swab e de antígeno). Farmacêutico bioquímico, responsável técnico e diretor comercial da empresa, Marcelo Augusto Vieira aponta que o faturamento quase dobrou em 2020. “Em 2019, faturamos R$ 36 milhões. Com a pandemia, apesar de a rotina normal de um laboratório ter caído muito, a venda de kits covid (exames) fez o faturamento dobrar. Fechamos 2020 com R$ 60 milhões”, comemora.