Primeiro dia da volta às aulas presenciais em Fabriciano não atendeu as expectativas
Fabriciano – O retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino de Coronel Fabriciano, nesta segunda-feira (25), não atendeu a expectativa da Secretaria Municipal de Educação. Pais, mães e responsáveis não atenderam à convocação da prefeitura e preferiram não levar seus filhos às escolas, com o medo da contaminação do Coronavírus.
Na Escola Municipal Argeu Brandão, do bairro Manoel Maia, foram pouquíssimos alunos (foto). Teve salas sem nenhum aluno. A Secretaria de Educação deslocou seu staff para dar as “boas-vindas” para os alunos no lugar do diretor, mas depararam com uma outra realidade: escola vazia.
Segundo informações dos professores, na Escola Municipal Nicanor Ataíde, do bairro Mangueiras, ao todo, apenas 16 alunos compareceram às aulas. A escola é uma dais mais populosas da cidade, com centenas de alunos matriculados. Mas os pais não tiveram coragem de levar os filhos.
A notícia é que a situação se repete nas demais escolas, onde a grande maioria não compareceu, como na Escola Municipal Paulo Franklin, do bairro Santa Cruz, com média de um, dois (foto) ou no máximo quatro alunos por sala de aula. Algumas salas ficaram completamente vazias.
Uma mãe, moradora do bairro Aparecida do Norte, que não quis se identificar, disse à reportagem que “ninguém deve ir às aulas, até passar esta pandemia”. “Será que o prefeito teria coragem de enviar a filha dele à escola, se ela estudasse na rede pública?”, indagou indignada outra mãe, residente no bairro Santa Inês.
Mobilização
No final de semana, professores e pais de alunos reforçaram suas manifestações nas redes sociais contra a volta às aulas presenciais, tendo em vista o risco de contaminação. Eles defendem a possibilidade técnica de oferta de atividades pedagógicas não-presenciais (online), recomendada pelo Ministério Público, através do uso do Sistema Positivo de Ensino (plataforma digital), contratada pelo município e que já teve o empenho de recursos públicos próximos de R$ 7 milhões.
Deve estar todo mundo nas ruas e praças…