Será sepultado nesta quinta-feira em Fabriciano, o ex-deputado Carlos Alberto Cotta
Fabriciano – Aos 87 anos, o ex-deputado e médico ginecologista/obstetra, Carlos Alberto Cotta, morreu na manhã desta quarta-feira (4), por falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado no Hospital Metropolitano Unimed, em Coronel Fabriciano. O velório será a partir de 9h desta quinta-feira (5), no Cemitério Vale da Saudade, em Fabriciano. O sepultamento será às 16h.
Profissional pioneiro no Vale do Aço, foi deputado federal e também estadual, representando a região, além de ex-secretário de Estado. Carlos Cotta deixa quatro filhos e seis netos. Nasceu na cidade de Dom Silvério-MG, dia 1º de agosto de 1932. Médico e ex-deputado Federal, Carlos Cotta era filho de João Cotta de Figueirêdo Barcellos e Raimunda Coura de Barcellos.
Carlos Cotta Ingressou na vida política em 1966, elegendo-se deputado estadual pelo extinto MDB. Foi deputado federal pelo MDB, depois PMDB, por cinco mandatos consecutivos, entre 1970 e 1990. Em 1989, um ano antes de terminar o último mandato na Câmara dos Deputados, deixou o PMDB para integrar o projeto de fundação do PSDB em Minas. Em 1992, desembarcou no PTB com o grupo de Hélio Garcia, então governador de Minas, em segundo mandato. Sobretudo na década de 80 e anos 90, Cotta exerceu cargos executivos no governo de Minas. Entre 1983 e 1986, durante a administração Tancredo Neves/Hélio Garcia, foi secretário de Estado de Governo. Um dos homens de confiança de Hélio, chegou a acumular em véspera de uma das reformas do secretariado, seis pastas: Governo, Fazenda, Planejamento, Trabalho, Ação Social e Cultura.
PALÁCIO DA LIBERDADE
No fim do primeiro mandato de Hélio, Cotta postulava a indicação para disputar as eleições de 1987 ao Palácio da Liberdade. Na ocasião, pressionado por três outros correligionários – Leopoldo Bessone, Ronan Tito e Newton Cardoso – , que igualmente pleiteavam a indicação, Hélio Garcia saiu pela tangente indicando o nome do então presidente regional do PMDB, Joaquim de Mello Freire, que desistiu. Na convenção do PMDB daquele ano, Pimenta da Veiga e Carlos Cotta enfrentaram a chapa de Newton Cardoso e Júnia Marise. Foram derrotados. Newton se elegeria governador de Minas. Entre 1992 e 1998 – final da segunda gestão Hélio Garcia e governo Eduardo Azeredo – foi presidente da extinta Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), hoje Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
Ingressou no governo Lula indicado pelo PTB. O partido sustentou no primeiro turno a candidatura de CIRO GOMES (PPS) à presidência da República. Com o apoio de Ciro e do PTB no segundo turno das eleições presidenciais a Lula, a legenda ganhou espaço na administração federal. Entre abril e setembro de 2003 Cotta assumiu a Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco e Parnaíba (Codevasf). Deixou a função para assumir a diretoria de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (Dnit), cargo em que ficou até maio passado. Saiu do Dnit para ocupar uma das nove vice-presidências da Caixa.
CARLOS COTTA
Mandatos Eletivos:
Deputado Estadual, 1967-1971, MG, MDB;
Deputado Federal, 1971-1975, MG, MDB. Dt. Posse: 01/02/1971; Deputado Federal, 1975-1979, MG, MDB. Dt. Posse: 01/02/1975; Deputado Federal, 1979-1983, MG, MDB. Dt. Posse: 01/02/1979; Deputado Federal, 1983, 1985-1987, MG, PMDB. Dt. Posse: 01/02/1983;
Deputado Federal (Constituinte), 1987-1991, MG, PMDB. Dt. Posse: 01/02/1987.
Licenças:
Licenciou-se do mandato de Deputado Federal, na Legislatura 1983-1987, para exercer o cargo de Secretário de Governo e da Coordenação Política do Estado de Minas Gerais, de 22 de agosto de 1983 a 09 de janeiro de 1985, e de 18 de janeiro de 1985 a 13 de maio de 1986.