Prefeitura de Três Pontas contrata Espanta-Bolinhos para locais com aglomeração
Três Pontas – A Prefeitura de Três Pontas, no Sul de Minas, mesmo com apenas um caso do Coronavírus -Covid-19, contratou um exercito de ‘Espanta-bolinhos’ para atuar nas ruas do município. Com pouco mais de 63 mil habitantes, Três Pontas, no Sul de Minas, colocou nas ruas um aparato inusitado para combater a disseminação do coronavírus. As 100 pessoas contratadas são responsáveis por desfazer aglomerações e orientar os moradores sobre as medidas de prevenção da doença.
Para este trabalho, a prefeitura deu oportunidade apenas para pessoas que estivessem desempregadas, tivessem até 40 anos e não fizessem parte do grupo de risco do novo coronavírus. O contrato, inicialmente, é temporário pelo período de um mês em que cada agente receberá um salário mínimo. Em caso de necessidade, o acordo pode ser prorrogado.
De acordo com o prefeito de Três Pontas, Marcelo Chaves (PSD), o objetivo de um grupo formado por ‘pessoas normais’ ser responsável pelas orientações é para que a população se identifique e não se sinta afrontada no caso de, por exemplo, receber instruções da Polícia Militar e/ou da Guarda Municipal.
“Essa força tarefa envolve todos. A gente percebeu que a reação da pessoa com um cidadão igual a ela própria é menos afrontosa. Ela recebe melhor como uma orientação. [Com isso] a Guarda Municipal e a própria Polícia Militar [fica encarregada de] outras tarefas que infelizmente podem acontecer, mas espero que não”, disse
Como funciona
O grupo de ‘espanta-bolinhos’, como têm sido apelidados os agentes, é dividido para atuar nos pontos apontados como críticos na cidade. Eles estão em supermercados, bancos, casas lotéricas e postos de saúde, por exemplo. A prefeitura mapeou 13 locais e os classificou do mais perigoso em termos de aglomeração ao menos. “O foco agora são nesses mais perigosos, que oferecem mais risco de disseminação do vírus na cidade”, contou Tosta.
Os agentes saem às ruas vestindo coletes da prefeitura e são devidamente equipados com máscaras, megafone e álcool em gel, este também oferecido às pessoas. A abordagem é feita nas filas, de forma a conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se afastar das outras. Em supermercados, os agentes orientam sobre a importância de entrar o menor número possível de pessoas.