sexta-feira, novembro 22, 2024
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Fundo Desenvolve Rio Doce empresta cerca de R$ 53 milhões para negócios de MG e do ES

Redação – O Fundo Desenvolve Rio Doce concedeu, de 2017 a junho de 2020, cerca de R$ 53 milhões em crédito para 1.364 micro e pequenas empresas mineiras e capixabas localizadas nos municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão. A iniciativa oferece condições especiais para que essas empresas atravessem a crise econômica causada pelo coronavírus, como a manutenção da redução das taxas de juros a partir de 0,45% ao mês.

Além disso, desde abril, o Fundo passou a incluir a Tarifa de Análise e Abertura de Crédito (TAAC) no financiamento. E, para os contratos já existentes, haverá possibilidade de renegociação para aproveitar as novas condições. A partir de outubro, com o retorno da cobrança do Imposto sobre Operação Financeira (IOF), por parte do governo federal, o imposto também poderá ser incluído no empréstimo. Infográfico estático_Agenda Integrada

“Inicialmente, a intenção era que essas medidas especiais valessem até o dia 30 de junho. No entanto, decidimos prorrogá-las devido à situação que ainda estamos vivendo no país. Hoje, a taxa de juros a partir de 0,45% a.m. está bem abaixo da maioria das praticadas no mercado, o que torna o Fundo muito atrativo. O intuito é estimular a saúde financeira dos empreendedores para que eles possam manter e até gerar empregos”, diz Diógenes Fonseca Lima, da área de Economia e Inovação da Fundação Renova.

O Fundo Desenvolve Rio Doce já concedeu R$ 43,9 milhões para 984 empresas mineiras e R$ 9 milhões para 380 empresas capixabas.

Criado pela Fundação Renova e gerido pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o Fundo tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos territórios ao longo do Rio Doce. A iniciativa foi criada para facilitar o acesso de micro e pequenas empresas ao crédito, nos municípios atingidos nos dois estados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

Para participar, a empresa deve ter faturamento anual de até R$ 30 milhões e sede em um dos 35 municípios mineiros e quatro capixabas que estão na área de abrangência da Fundação Renova. Em Minas Gerais, são: Mariana, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Sem-Peixe, Rio Casca, São Pedro dos Ferros, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, Raul Soares, Dionísio, Córrego Novo, Pingo d’Água, Marliéria, Bom Jesus do Galho, Timóteo, Caratinga, Ipatinga, Santana do Paraíso, Ipaba, Belo Oriente, Bugre, Iapu, Naque, Periquito, Sobrália, Fernandes Tourinho, Alpercata, Governador Valadares, Tumiritinga, Galileia, Conselheiro Pena, Resplendor, Itueta e Aimorés.

No Espírito Santo participam os municípios de Linhares, Colatina, Baixo Guandu e Marilândia.

As empresas podem solicitar empréstimos com valores entre R$ 10 mil e R$ 200 mil, divididos em até 48 parcelas fixas e com até seis meses de carência para o pagamento da primeira parcela.

Acesso ao crédito

Em Minas Gerais, os interessados podem procurar informações e fazer solicitações pelo site www.bdmg.mg.gov.br. O limite de crédito é calculado em cerca de uma hora. Após esse procedimento, em caso de aprovação, a empresa deve imprimir o contrato de financiamento e enviar a documentação solicitada ao BDMG. Se a documentação estiver correta, os recursos são liberados em até três dias úteis.

No Espírito Santo, os interessados podem procurar as agências do programa Nossocrédito nos municípios. Também é possível consultar o site www.bandes.com.br ou entrar em contato pelo telefone 0800-283-4202 para informações. Depois da conversa com o consultor, a próxima etapa é o cadastro. Com a documentação correta, o processo segue para análise e aprovação.

Sobre a Fundação Renova

A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.

A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.

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