Eleições 2020: Quem recebe auxilio do governo pode está vedado para trabalhar na campanha
Redação – Os setores jurídicos das campanhas de prefeitos e vereadores estão analisando profundamente a lei eleitoral, porque na interpretação de alguns dirigentes partidários consta que as pessoas que estiverem recebendo o Bolsa Família, Auxílio Emergencial e Aposentadoria por invalidez, poderão perdê-los ou ter que ressarcir ao governo valores recebidos, caso sejam contratadas para as campanhas.
Com isso os candidatos a prefeito e vereadores nas eleições municipais do dia 15 de novembro estão com dificuldade para contratar mão de obra para a campanha, porque até agora não se tem uma interpretação exata da legislação. O impasse pode abrir brecha para que as campanhas no Brasil inteiro sejam executadas na base do ‘caixa 2’, o que é proibido por lei.
No Vale do Aço, para se ter uma ideia, cada um dos quase 1.500 candidatos a vereador poderão gastar em média na campanha o limite de R$ 50 mil, e juntos fazer até 600 contratações. Já a média de gastos para cada um dos candidatos a prefeito é de R$ 900 mil, podendo juntos contratar até 500 cabos eleitorais.
Então não posso trabalhar como cabo eleitoral recebendo auxílio emergencial, o benefício pode ser cortado?
A assessoria de imprensa do ministério da cidadania respondeu que as pessoas beneficiárias de auxílios socioassistencias em programas como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou o Auxílio Emergencial não serão impedidas de receber esses benefícios, de exercer o direito constitucional de votar, de ser votado ou mesmo de trabalhar no processo eleitoral, seja fiscalizando, distribuindo santinhos ou carregando bandeiras para algum candidato.