Aciapi e CDL reafirmam que novo modelo do “Minas Consciente” é prejudicial para Ipatinga
Ipatinga – A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) entendem que o novo modelo do “Minas Consciente” não atende à situação atual de Ipatinga, uma vez que o comércio seria prejudicado mais uma vez, caso o município aderisse ao programa do governo do Estado. As entidades empresariais acreditam que não houve uma melhora significativa do “Minas Consciente”, que não oferece uma maior autonomia para a administração municipal.
O anúncio do novo “Minas Consciente” foi feito no dia 29 de julho, pelo governador Romeu Zema. As principais alterações foram em relação às ondas de classificação epidemiológica, que passaram de quatro para três (vermelha, amarela e verde), e a criação do protocolo único, que irá nortear as medidas de segurança.
Na avaliação do presidente da Aciapi, Cláudio Zambaldi, caso Ipatinga faça adesão ao “Minas Consciente”, o município entraria na primeira onda. “Diante desse cenário, Ipatinga iria entrar na onda vermelha pelo programa do estado e teria que fechar novamente o comércio não essencial, como ocorreu em Governador Valadares após aderir ao ‘Minas Consciente’. Além disso, demoraria muito tempo para avançarmos de onda. Então não podemos aceitar isso. Os estabelecimentos comerciais de Ipatinga já ficaram fechados por tempo demais, ou seja, já fizeram a sua parte. Precisamos agora recuperar os prejuízos causados pela covid-19 para evitar mais demissões e fechamento de outras empresas. Portanto, esperamos que o Comitê Gestor de Crise, em sua próxima reunião, tenha o mesmo entendimento e avalie com cautela a sua tomada de decisão para não prejudicar ainda mais os comerciantes e prestadores de serviço que já funcionam em dias alternados”, afirmou.
Segundo o presidente da CDL de Ipatinga, Amaury Gonçalves, o ideal seria se o Estado também fizesse alterações na Deliberação nº 17 para atender aos municípios que já seguem à risca suas normas sanitárias, como é o caso de Ipatinga, ao invés de reformular apenas o “Minas Consciente”, que não prevê uma maior autonomia aos prefeitos. “Não podemos ficar dependentes das decisões do Estado. Precisamos que as cidades tenham maior poder de decisão durante essa pandemia, já que as ações do governo estadual são lentas. Por isso, se a Deliberação nº 17 também fosse atualizada ao longo do tempo, conforme a melhora dos números da doença, os municípios que já a seguem poderiam continuar com seus trabalhos de retomada da economia, sem precisar aderir ao ‘Minas Consciente’. Dessa forma, esperamos que Ipatinga não faça adesão ao programa do Estado, caso contrário, o comércio não essencial teria que ser fechado novamente, o que seria lamentável para todos nós”, destacou.