Praça 1º de Maio é palco para protesto de Pais descontentes com a municipalização do ensino
Timóteo (Fotos PCReis) – Pais descontentes com a proposta do governo estadual da não abertura de novas turmas para o 1º e 6º a no em 2020, e com o possível fechamento gradativo das escolas Getúlio Vargas e Tenente José Luciano, se reuniram nesta quinta-feira (7), em um protesto na Praça 1º de Maio, Centro Norte da cidade de Timóteo.
Logo na abertura do evento, a coordenação do movimento leu um manifesto declarando que na última terça-feira (05/11/2019) a comunidade escolar de Timóteo foi surpreendida com algumas medidas do governo estadual para ingresso de alunos no 1º e 6º ano. No entendimento dos coordenadores, a medida proposta pelo governo elimina as turmas dos 1º anos na Escola Estadual Getúlio Vargas e Escola Estadual Tenente Luciano, além de acabar também com o 6º ano na Escola Estadual Prof.ª Ana Letro Staacks, no Bairro Quitandinha.
“A alegação do Governo Estadual é de que cada turma terá no máximo 25 alunos e com matrículas online. Sendo assim, as escolas afetadas foram identificadas que possuem até 33 alunos por turma, não comportando novos alunos para 2020”, explicou Silvio Santos, membro do Conselho Escolar da Escola Getúlio Vargas.
Também participaram do protesto, pais de alunos das escolas Municipais Monteiro Lobato e Cecília Meireles, que também estarão sendo diretamente afetadas por não terem onde matricular seus filhos no 1º ano e consequentemente os alunos do 5º ano do Tenente Luciano, que prioritariamente ingressavam na escola Profª Ana Letro no 6º ano, não terão onde estudar.
Ato desrespeitoso
O secretário municipal de Educação, professor Vespa, lamentou que a Secretaria de Estado Educação resolveu “mudar as regras do jogo em pleno andamento” e a desconsiderar de forma equivocada uma resolução – SEE nº 4.142 de junho de 2019, que determinou as normas para a realização do cadastro escolar para o ensino fundamental para 2020. É o cadastramento que embasa todas as ações de planejamento dos Municípios.
“Além de desrespeitoso em relação a todo o trabalho que foi feito pela Comissão de Cadastro Escolar, o Estado resolveu ignorar a resolução que ele mesmo publicou. E o mais grave é que o ano letivo está quase terminando, com o período de férias batendo à porta”, cita Professor Vespa.
A medida, que ainda não foi assumida oficialmente pela Superintendência Regional de Ensino de Coronel Fabriciano e caso seja adotada de fato, se dará de forma unilateral sem a consulta prévia aos Municípios. “Não há planejamento adequado para assumir a essa demanda nem capacidade financeira do Município para atendermos a esse público. É, no mínimo, intempestivo e irresponsável caso venha a ser confirmada essa mudança”, pontuou o Professor Vespa.
A Delegacia Regional de Ensino anunciou esta medida para as escolas e ainda com poucos esclarecimentos sobre o futuro dos educandários diretamente afetados. Apesar de convidada, a Delegacia Regional de Ensino não enviou nenhum representante.
Estiveram presentes no evento o secretário municipal de Educação, José Vespasiano Cassemiro, professor Vespa; o corregedor do município, Thiago Castro; os vereadores Geraldo Gualberto, Adriano Costa Alvarenga e Diogo Siqueira.
POSIÇÃO DOS PAIS
A posição dos pais de alunos é que a postura do governo estadual é o acabar com o 1º ano e 6º ano em 2020, em 2021, vez que não teve o 1º e nem o 6º ano, também não terá o 2º e nem o 7º ano até chegar o momento em que até 5 anos ocorra o fechamento total das escolas estaduais afetadas. Com a medida, o estado estará sobrecarregando o município que terá a obrigação de assumir o ônus, sem nenhuma contrapartida causando uma “Municipalização Forçada”, o que é inaceitável para a comunidade timotense.
ENCAMINHAMENTOS
Todos os direcionamentos deste primeiro e do segundo protesto que será realizado no próximo sábado (9), serão juntados para que posteriormente sejam entregues ao Governador de Minas, com um pedindo providências para que as turmas de 1º e 6º ano fiquem mantidas.