Vital Brazil faz pressão para receber do estado, mas não cumpre o número de atendimento pactuado
TIMÓTEO – O Hospital e Maternidade Vital Brazil notificou a Prefeitura de Timóteo sobre nova paralisação por falta de repasses do governo de Estado. “Lamentavelmente essa não é a primeira vez que o Hospital e Maternidade Vital Brazil fecha as portas para o atendimento dos usuários do SUS. A saúde pública é um direito do cidadão garantido pela Constituição Federal e não pode ser usada como instrumento de pressão prejudicando assim a população de baixa renda que é a que mais precisa de atendimento público de saúde”, informou a Secretaria Municipal de Saúde,revelando que o hospital não vem cumprindo o convênio desde dezembro de 2018.
Diante da nota enviada pela Prefeitura de Timóteo, o município poderá até denunciar o hospital ao Ministério Público, visto que a PMT invocou a Constituição Federal, dizendo que “a saúde pública é um direito do cidadão e não pode ser usada como instrumento de pressão prejudicando assim a população”.
Segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde, o Centro de Saúde João Otávio do Olaria vem realizando cerca de 4,5 mil atendimentos por mês, sendo que o convênio pactuado com o Hospital e Maternidade Vital Brazil é para um atendimento de 1,5 mil/mês usuários, mas desde dezembro de 2018, a instituição só realizou a média de 900 atendimentos/mês.
O prefeito Douglas Willkys disse que foi surpreendido com o comunicado da Fundação São Camilo – Hospital e Maternidade Vital Brazil (HMVB) ao anunciar a suspensão do contrato nº 052/2016, para o atendimento à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O motivo é o de sempre: débito do Estado com a instituição.
A direção do Vital Brazil informou que a previsão é de que o serviço seja suspenso a partir da próxima segunda-feira, dia 8 de julho. Segundo o ofício, o HMVB só atenderá pelo Protocolo de Manchester as fichas vermelhas e laranjas – emergência e muita urgência.
A Superintendência Regional de Saúde junto com a Secretaria de Saúde de Timóteo estão elaborando um novo fluxograma de atendimento para acolher os pacientes que não puderem ser atendidos no Hospital e Maternidade Vital Brazil no período da paralisação. Também foi encaminhado um ofício ao governo de Estado pedindo providências para a regularização dos repasses.