Quatro serpentes do Cebus são encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias em Belo Horizonte
Ipatinga – Quatro serpentes do Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus) foram encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias em Belo Horizonte (MG) nesta segunda-feira (20). Uma cascavel e três jararacas, todas peçonhentas, chegaram ao Cebus por meio do Programa de Reabilitação Fauna Sem Lar, realizado em parceria com a Associação Regional de Proteção Ambiental do Vale do Aço (ARPAVA), a Polícia Militar de Meio Ambiente, o Corpo de Bombeiros e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
As serpentes começaram a chegar ao Cebus em junho de 2018, em bom estado de saúde, e aguardavam pelo transporte para a capital mineira feito pelo setor de Zoonoses do município de Ipatinga. Nos períodos mais frios, esses animais buscam abrigos aquecidos e podem ser encontrados nas proximidades das residências, onde geralmente encontram calor e alimento.
Em Belo Horizonte, as serpentes serão entregues à Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Instituto de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais responsável pela pesquisa com animais peçonhentos e fabricação de soro antipeçonhento, antitóxicos e antivirais, entre outros medicamentos.
“Normalmente, os animais peçonhentos em áreas urbanas são apreendidos pelo Corpo de Bombeiros e trazidos para o Cebus. A partir do recebimento do animal, o processo é rotineiro: reabilitá-lo, se for o caso, notificar o Setor de Zoonoses e aguardar o transporte para a FUNED”, explica a bióloga do Cebus, Cláudia Diniz.
Venenosos X peçonhentos
Os animais enviados à FUNED são apenas os peçonhentos, ou seja, aqueles que possuem algum órgão capaz de inocular o veneno na presa. “Aranhas, escorpiões e cobras são alguns exemplos de animais peçonhentos. São dotados de uma estrutura capaz de injetar o veneno na presa que podem ser dentes, como no caso das cobras”, detalha Cláudia.
Animais venenosos são todos aqueles que produzem alguma substância capaz de causar algum prejuízo a saúde do ser humano. Porém, nem todos têm capacidade de inocular o veneno na presa, nem todos possuem peçonha, como alguns tipos de sapos, por exemplo.