Procurador da Prefeitura de Fabriciano se apresenta armado na Câmara em reunião da CPI
Fabriciano – Dando seguimento aos trabalhos, a CPI da Câmara Municipal que investiga possíveis irregularidades em contratos e licitação no âmbito do governo do prefeito Dr. Marcos Vinicius (PSDB) reuniu-se mais uma vez na tarde de ontem (quarta-12), na Secretaria da Câmara.
Aberta ao público, a reunião da CPI contou com as presenças dos vereadores Leandro Xingozinho – PSC (presidente), do Marcos da Luz – PT (relator) e Cristiano do Cais – PV (membro), do advogado Denner Franco Reis, procurador do Município e do procurador da Câmara Municipal, Heyder Torre.
Logo no início, em virtude do ocorrido na reunião anterior, no último dia 5, o relator Marcos da Luz indagou ao Procurador do Município, Denner Franco, se ele estava novamente portando arma de fogo, advertindo que, conforme previsto no Regimento Interno, é vedado a qualquer cidadão portar arma em reuniões na Casa Legislativa, “pois tal ato pode caracterizar intimidação aos componentes da Comissão”.
O procurador Denner Franco confirmou que está estava armado. O presidente da Comissão, vereador Xingozinho, suspendeu os trabalhos, determinando ao Procurador que o mesmo se retirasse da sala de Reuniões e que fosse guardar a arma em local seguro. Após cumprir o que foi determinado, o Procurador retornou à Reunião e foram reiniciados os trabalhos.
Ato contínuo, o relator requereu que seja iniciada a fase de oitivas de testemunhas e ou investigados, que serão arrolados até a próxima reunião pelos componentes da CPI para que a Secretaria confeccione as intimações. A proposta em questão foi colocada em votação e aprovadas pelos membros presentes.
O vereador Marcos da Luz lamentou o fato de o procurador da Prefeitura comparecer na reunião armado, “numa clara tentativa de intimidar os membros da CPI e inibir a condução dos trabalhos de investigação, já não bastassem frustradas tentativas de fechar a CPI através de sucessivos Mandados de Segurança indeferidos pela Justiça, agora vem o procurador armado aqui na Câmara e ainda faz questão de confirmar o porte da arma na cintura. Não aceitaremos intimidações e vamos continuar o nosso trabalho fiscalizatório. Estamos analisando, inclusive, a possibilidade de comunicar este fato à Polícia Federal”, salienta Marcos da Luz.
