PMI começa orientar contemplados com apartamentos no Nova Esperança
Ipatinga – “Quando meus filhos estiverem dentro do apartamento, vou descansar em paz”. Esta é a expectativa da dona de casa Eliandra Aparecida Lopes, moradora da rua 3, no bairro Nova Esperança, em Ipatinga. A dona de casa é um dos milhões de brasileiros que sonha em ter a casa própria. Viúva e mãe de três filhos, ela relata que morava em um barraco na rua 3, no mesmo bairro. No entanto, após o telhado desabar, teve que deixar a residência e ir morar na rua 12, desfrutando de um aluguel custeado por conhecidos da comunidade. “Disseram que estava perigoso continuar no barracão. Então algumas pessoas se juntaram e pagam o aluguel para mim e meus filhos morarem. Mas, somente até fevereiro”, conta.
Felizmente, o drama de Eliandra está perto do fim. Aprovada para receber uma das 240 unidades recém-construídas pela Prefeitura de Ipatinga no Nova Esperança, por meio do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, ela e outros contemplados participaram na tarde desta quarta-feira (27), no auditório do Hospital Municipal, de uma reunião de orientações sociais. Os beneficiados receberam esclarecimentos sobre o financiamento e como será o funcionamento do condomínio, prestes a ser inaugurado.
“Muitos dos aprovados nunca moraram em apartamento, e este esclarecimento é importante para que eles saibam como funciona um condomínio, as regras a serem respeitadas e os direitos que eles também têm. Além disso, foi informado sobre a importância de desde já providenciarem as matrículas escolares no bairro, cadastro nas unidades de saúde, para que, quando mudarem, tudo já esteja devidamente organizado”, disse a diretora do Departamento de Habitação da PMI, Késsia Ribeiro.
Entrega das chaves
No dia 4 de dezembro, às 17h, acontece na Escola Municipal Artur Bernardes, no bairro Canaã, o sorteio que irá definir qual será a unidade a ser ocupada por cada um dos 240 aprovados. A chave dos apartamentos, conforme a Secretaria Municipal de Planejamento, deverá ser entregue no dia 20 de dezembro.
Adirlaine Santos Pinheiro de Azevedo também foi uma das aprovadas para receber um dos apartamentos. Atualmente ela mora sozinha com a filha de seis anos, deficiente. E este foi um dos fatores que ajudaram a determinar sua contemplação no programa habitacional. Além disso, a renda familiar é muito limitada. Mãe e filha sobrevivem de um salário oferecido pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC), devido às condições de saúde da menina, e moram de aluguel.
“Por enquanto eu não posso trabalhar porque preciso ficar por conta de Ana Laura. Com o salário que recebemos, eu pago o aluguel de R$ 450, além da alimentação e medicamentos. Receber este apartamento é um sonho que estou realizando. Não dá nem para acreditar”, disse.
Beneficiados
Os 240 moradores do Residencial Nova Esperança foram definidos em sorteios públicos realizados nos últimos meses, conforme regulamentado na Portaria 163 do Ministério das Cidades (hoje Ministério do Desenvolvimento Regional), de 6 de maio de 2016, e no Decreto Municipal de 8.902, de 27 de setembro de 2018.
O principal critério para ocupação das moradias é a renda familiar de até R$ 1.800. Os candidatos não podem ser proprietários de imóvel residencial ou estarem em processo de aquisição. Entre os grupos priorizados estão moradores de áreas de risco, insalubres ou que tenham sido desabrigados, mulheres responsáveis pelos lares, deficientes e idosos. Preferencialmente, as famílias devem residir no município há mais de cinco anos.
Apartamentos
O residencial Nova Esperança é composto de 15 blocos, cada um com 16 apartamentos. As moradias têm área de 40 metros quadrados, com dois quartos, sala conjugada com copa, cozinha conjugada com área de serviço e banheiro, além de área social, estacionamento e guarita de entrada.