Município acerta detalhes para programa de reintegração social de presos
TIMÓTEO – A sede Prefeitura de Timóteo recebeu na manhã desta quarta-feira mais uma reunião para discutir a implantação do programa de reintegração de presos das cadeias de Timóteo e Coronel Fabriciano. Em março, o prefeito de Timóteo Douglas Willkys assinou um termo de compromisso na Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), em Belo Horizonte, para o aproveitamento dos presos na limpeza da cidade e de prédios públicos, na fabricação de blocos para calçamentos de vias, entre outros.
Em Timóteo, o programa deve atender até 50 presos que tenham bom comportamento e preencham os critérios estabelecidos por uma comissão interno de análise dos presídios. A cada três dias trabalhados, o preso tem um dia descontado da sua pena. A prefeitura disponibilizará as condições necessárias e capacitará os detentos para o bom desenvolvimento das atividades, bem como controlará a frequência, a execução do serviço e as horas trabalhadas, como forma de contagem de tempo para a remição da pena.
O encontro desta quarta-feira realizada na sala de reuniões do gabinete da Prefeitura contou com as presenças do prefeito Douglas Willkys; do vice José Vespasiano Cassemiro, o Professor Vespa; dos secretários de Obras, Sérgio Martins; de Governo, Jair Ribeiro; do superintendente de Trabalho e Ensino do Seap, Felipe Simões; do diretor da cadeia de Timóteo, Edmar Ancelmo Pinto; do diretor da cadeia de Coronel Fabriciano, João Batista Ferreira; e de representantes da Usiminas; da Precomol; da Associação dos Municípios do Vale do Aço (AMVA), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) regional Vale do Aço e da APAC Timóteo.
Projeto piloto
O prefeito Douglas Willkys citou que a primeira etapa do convênio é a disponibilização dos presos para o combate aos focos da dengue, atuando na limpeza de áreas públicas. Essa etapa está encaminhada e agora depende da definição dos apenados que serão destinados para esse serviço.
Ainda de acordo com o prefeito, numa segunda etapa, o convênio tende a avançar na produção de blocos intertravado com a utilização da siderbrita (agregado siderúrgico), fornecida pela Usiminas. “Esse será o grande diferencial do nosso projeto, pois além do ponto de vista ambiental esses blocos serão usados na pavimentação de vias e reconstituição de calçadas e outros pavimentos”, explicou Douglas.
A produção de blocos com siderbrita da Usiminas será piloto e dependendo da viabilidade vai ser expandido para outros municípios mineiros. Outro diferencial mencionado pelo prefeito é o envolvimento e a mobilização de diversos parceiros importantes para viabilizar um produto inovador do ponto de vista econômico, social – com a ressocialização dos presos, e no desenvolvimento do município.
Felipe Simões, do Seap, também destacou a importância do projeto de produzir blocos com siderbrita e da sua multiplicação para outros municípios. Minas Gerais, segundo Felipe, é o Estado com o maior número de presos trabalhando e de empresas parceiras envolvidas no projeto denominado Um Novo Caminho. No caso da produção de blocos com agregado siderúrgico, Felipe citou o baixo custo do insumo e o fato dessa iniciativa poder ser replicada em outros municípios mineiros.