LIRAa 2019: Fabriciano possui menor índice regional de Infestação do Aedes Aegypti
FABRICIANO – A Prefeitura de Coronel Fabriciano, por meio da Secretaria de Governança da Saúde, divulgou nesta terça-feira, 29, os resultados do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. O último índice do ano de 2018 ficou em 3,3%, já no primeiro mês deste ano, ficou em 2,1%, número considerado de médio risco, segundo o Ministério da Saúde.
Mais uma vez, os principais focos de proliferação do mosquito foram encontrados dentro das residências, sendo eles: bebedouros de animais (46,8%), tambores (25%), caixa d’agua (12,5%), garrafa pet (9%), vasos sanitários, vasos de plantas e pneus (6%).
Os bairros que tiveram maior índice de infestação foram Nossa senhora do Carmo (2,5%), Universitários (1,6%), Aldeia do Lago (4%), Caladinho do Meio (1,2%), JK (1%), Distrito Industrial (16,5%), Contente (1,6%), Padre Rocha (2%), São Cristóvão (2%), Gávea (1,8%) e Pedra Linda (2,5%).
O levantamento é realizado três vezes por ano. Em Janeiro de 2018, Coronel Fabriciano apresentou 2.5%. Em função do número de casos de arboviroses (doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e outros mosquitos) registrados em 2017, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) determinou a realização de quatro LIRAas em 2018. Além de janeiro, o levantamento foi feito em abril, quando os índices chegaram a 4,1%, em setembro, caíram para 1,1%, e o último em novembro, a cidade registrou 3,3%.
A Gerente de Vigilância em Saúde, Vania Tavares, analisou a situação atual do município com a do ano passado. “Fabriciano se encontra em uma situação bem diferente com relação aos anos anteriores, quando nós tivemos uma epidemia nesse mesmo período e hoje nos estamos registrando poucos casos por semana. E isso é o esperado. Sempre quando temos uma grande epidemia no ano anterior, no ano seguinte a gente consegue ter mais tranquilidade, graças às medidas adotadas para combater os focos”, afirmou.
Dentre as ações de combate as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e outros mosquitos (Arvoviroses) o município lançou no início de novembro o Plano Municipal de Contingência de Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que tem como objetivo reduzir a morbimortalidade por dengue, chikungunya e Zika, e o impacto das epidemias no município, além de estabelecer um planejamento prévio das ações de combate às arboviroses. O plano de contingência é dividido em quatro fases e todas possuem um conjunto de ações definidas de acordo com a situação do município.
As ações de cada fase variam entre a realização de mutirões de limpeza e Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa); solicitação de medicamentos; aplicação de fumacê; UBV pesado e costal; intensificar as ações de mobilização social; solicitar apoio técnico, operacional e financeiro para a Secretaria Estadual de Saúde; avaliar a necessidade de contratação temporária de profissionais de saúde (técnicos de laboratórios, digitadores, médicos, enfermeiros, entre outros); ofertar atendimento especializado (reumatologista e fisioterapeuta) dos casos crônicos de chikungunya; entre outras, de acordo com a necessidade atual do município.
O Secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, alerta que medidas simples podem auxiliar no combate ao mosquito. “O combate ao mosquito Aedes aegypti deve começar nas residências com medidas simples no dia-a-dia de vistoria e eliminação de possíveis focos do mosquito transmissor. Dentre elas, manter pneus sem água e em lugares cobertos; guardar garrafas e baldes vazios sempre virados para baixo; lavar e secar as vasilhas dos animais antes de trocar água ou ração; desobstruir as calhas e tampar caixas d’água, poços e reservatórios de água em tempos de desabastecimento”, concluiu.