sexta-feira, novembro 22, 2024
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CPI da Prevcel aponta que déficit atuarial teve início na gestão do ex-prefeito Paulo Antunes

FABRICIANO –  Na manhã desta segunda-feira (22) três servidores municipais foram ouvidos pela Comissão Especial de Inquérito que investiga supostas irregularidades do Instituto de Previdência de Coronel Fabriciano (Prevcel).

De acordo com a Comissão Especial de Inquérito, composta pelos vereadores Ronilson Burrinho (PSB) – presidente, Carmem do Sinttrocel (PCdoB) – relatora e Professor Edem (PT) – membro, não existe “rombo” previdenciário, apenas o déficit atuarial. Contudo, o objeto da investigação foca supostas irregularidades materiais na concessão de benefícios a servidores com direito a aposentadoria ou pensão.

Mesmo não sendo objeto de investigação, o membro da comissão, Professor Edem fez questão de arguir os servidores convocados sobre a origem do déficit e sobre os aportes financeiros para cobrí-lo e para equilibrar a saúde financeira do Instituto, “que se apresenta bem e não há riscos de prejuízos aos servidores”, destaca.

“Foi muito curioso descobrir, de forma clara e confirmada por todos os ouvidos, inclusive pela servidora ligada à atual administração, que a origem dos déficits remonta à criação da Prevcel, em 2002, na gestão do ex-prefeito Paulo Antunes”, diz. Segundo ele, nas oitivas desta manhã ficou claro, também, que as administrações de Rosângela Mendes e Chico Simões, do PT, fizeram legal e regularmente os repasses dos servidores, as contribuições patronais e os aportes financeiros para a redução do déficit existente desde 2002.

O vereador Professor Edem apontou outro fato curioso. De acordo com ele, a atual administração mentiu sobre o suposto ‘rombo’ e sobre aportes feitos pelas administrações de Chico Simões e Rosângela Mendes, usando o site oficial da Prefeitura, pago com dinheiro público. “Um trecho de matéria publicada no canal oficial da Prefeitura, no dia 31 de janeiro, foi lido aos servidores ouvidos e todos foram firmes em dizer que é mentira que as administrações de Chico Simões e Rosângela Mendes não fizeram aportes financeiros à Prevcel. Muito pelo contrário, os servidores ouvidos afirmaram que nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2017, na atual administração, é que não foram feitos os aportes”, completa Edem.

O Professor Edem conclui, afirmando que “o atual Prefeito e parte de sua equipe mentiram, e ainda publicaram inverdades no site oficial. Isso denota pura politicagem e factóite”.

Força tarefa

Os únicos investigados ouvidos pela CEI foram a ex-gerente Márcia Teles e o ex-coordenador Sandro Bruno. Não consta na lista de investigados nome de nenhum ex-prefeito. Ao ser ouvida Márcia Teles foi firme em dizer que quem alertou o atual prefeito sobre possíveis irregularidades e necessidade de corrigir foi ela e sua equipe. Teles afirmou ainda que as principais pendências foram resolvidas ainda em 2017, quando ela era gerente do Prevcel, mediante uma “força-tarefa”.

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