quarta-feira, outubro 30, 2024
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Comitê discute mobilização contra arboviroses

TIMÓTEO – O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Arboviroses de Timóteo reuniu-se nesta quinta-feira (10) para traçar as ações para 2019 com foco na prevenção, combate, tratamento e ações para a erradicação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti.

A atual presidente do Comitê, Madalena Rodrigues, alertou para a possibilidade de uma epidemia no município caso a comunidade não adote medidas preventivas permanentes. “Vamos realizar o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRAa) no dia 21 de janeiro, após o treinamento dos novos agentes de endemias aprovados no Processo Seletivo. Além disso, recebemos comunicado do Estado avisando que não teremos insumos para a realização de exames, portanto, os diagnósticos deverão ser fechados na consulta clínica”, frisou Madalena.  A detecção das infecções por Dengue, Chikungunya e Zica são difíceis em razão de similaridades e tem implicações mais sérias na transmissão em idosos, grávidas e crianças.

A coordenadora da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Cristiane Valgas, ressaltou a entrada do vírus tipo 2 (o mais agressivo dos quatro vírus existentes).  “Meu filho teve chikungunya e precisou ser internado devido à gravidade do quadro. Em caso de crianças menores de 9 anos a internação é imediata para fazer soroterapia”, relatou Cristiane, exemplificando com a experiência própria vivida no final do ano passado.

O impacto da circulação do vírus tipo 2 é preocupante. No caso de uma reinfecção pelos diferentes sorotipos podem resultar viremias mais intensas ou outras alterações imunológicas que, por sua vez, agiriam como gatilho para doenças autoimunes, como a síndrome de Guillain-Barré.

Auto de Infração

De acordo com o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Arboviroses de Timóteo, foi colocado em prática em 2019 o Auto de Infração em consonância com a Lei Nº 2.938/2009. Os proprietários ou locatários ficam obrigados a adotar medidas necessárias à manutenção dos imóveis limpos, sem acúmulo de lixo, entulhos e materiais inservíveis a fim de evitar a proliferação de mosquitos causadores de doenças. A Lei prevê inclusive a apreensão de materiais que acumulam água e sirvam de criadouros para os mosquitos.

Conforme explicou Vinícius Xingó, advogado da Procuradoria Geral do município, “a penalização vai desde aplicação de multas bem como a inutilização de recipientes, apreensão e remoção de materiais pelo Poder Executivo, entre outros”, disse.

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