sexta-feira, novembro 22, 2024
Saúde

OMS divulga recomendações de boas práticas para o parto normal

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A OMS recomenda o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe na primeira hora após o nascimento, para prevenir hipotermia e para estimular o aleitamento. Foto Agência Brasil.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou nesta quinta-feira novas recomendações para garantir que grávidas saudáveis tenham uma experiência positiva na hora do parto natural. O principal objetivo é “reduzir intervenções médicas desnecessárias”. A agência pede que nem a ocitocina nem fluídos intravenosos sejam aplicados para estimular contrações. A informação é da  ONU News.

Segundo a OMS, a checagem da dilatação deve acontecer a cada quatro horas na primeira fase do parto, isso para mulheres com gravidez de baixo risco. Em relação ao controle da dor, a OMS pede que a anestesia peridural ou o uso de opioides sejam aplicados quando mulheres saudáveis pedirem esse tipo de intervenção.

A agência recomenda ainda várias técnicas para o alívio da dor durante o trabalho de parto, como relaxamento muscular, música ambiente, técnicas de respiração, massagem e aplicação de bolsas de água quente. Mas isso tudo deve ser feito apenas a pedido da grávida. Além disso, se o trabalho de parto estiver ocorrendo sem problemas, a mulher deve ser estimulada a caminhar e até a receber líquidos e alimentos.

Menos intervenções

Segundo a OMS, cerca de 140 milhões de nascimentos ocorrem por ano, a maioria sem complicações para mulheres e bebês. Mas nos últimos 20 anos, os profissionais de saúde “aumentaram o uso de intervenções que antes eram utilizadas apenas para reduzir riscos ou tratar complicações”.

Com as novas orientações, a OMS busca reverter essa situação, visando inclusive reduzir o número de cesarianas quando o procedimento pode ser evitado. A Dra. Princess Nothemba Simelela, representante da agência da ONU, explica que “o aumento da medicação durante o parto natural está minando a capacidade da mulher de dar à luz, tendo um impacto negativo na experiência do parto”.

Segundo a médica, “se o parto está progredindo normalmente, com mãe e bebê em boas condições, não é necessária nenhuma intervenção para acelerar o processo”.

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