Professores da rede estadual protestam em BH. Os mestres cobram os salários atrasados
REDAÇÃO – Na manhã desta quarta-feira (20), os protestos dos trabalhadores e trabalhadoras da educação iniciados ontem (terça-feira 19) em Belo Horizonte, foram sequenciados em todo o estado. No ato em Belo Horizonte, os professores cobraram do governador Fernando Pimentel o pagamento dos salários. O protesto em BH contou com a presença de educadores/as de todas as regiões do Estado coordenado pelo Sind-UTE/MG. A manifestação lotou as ruas centrais da capital mineira com cartazes, faixas e palavras de ordem. Os servidores aproveitaram a presença do governador Fernando Pimentel (PT) no Palácio da Liberdade, para fazer ato em frente à sede do governo mineiro. “Sem salário, sem trabalhar”, gritavam no carro de som. De lá, eles seguiram em passeata em direção à Praça Sete, no Centro da capital.
No Palácio, autoridades aguardavam a presença do governador, que autorizou a concessão da BR-135 hoje. Do local, que tem varanda para a praça, era possível ouvir professores e sindicalistas se revezando no carro de som. “Se não pagam o salário, temos que parar. Vamos varrer o estado com manifestações”, diziam.
No Vale do Aço, os profissionais da educação realizaram manifestação na Alameda 31 de Outubro, no Centro Comercial da Praça 1º de Maio, em Timóteo. A manifestação contou com o apoio dos sindicato dos servidores municipais e dos metalúrgicos. Milhares de educadores/as organizados pelo Sind-UTE/MG participaram da manifestação e reforçaram em coro: “Sem salário, sem trabalho!”.
O Sind-UTE/MG realizou um ato estadual nesta terça-feira, dia 19 de junho, que teve início às 9h, na Praça da Liberdade e foi encerrado por volta das 12h, no centro de Belo Horizonte, na Praça Sete. O Sindicato mantém a orientação às subsedes para que continuem organizando atos locais para o diálogo com a comunidade escolar sobre a realidade que os trabalhadores e as trabalhadoras em educação estão enfrentando.
Embora o Governo do Estado tenha divulgado na última sexta-feira (15) as datas de pagamento para a educação, que fogem completamente à política praticada para as demais categorias do funcionalismo, os/as aposentados/as reclamam não terem recebido nada ainda. De acordo com o governo, o valor que ele pagou integralmente para as demais categorias (R$3.000,00), para a educação ele está parcelando de três vezes, isto é, para a educação o governo está parcelando o que deveria ter sido pago numa única parcela, junto com os demais servidores estaduais.
Conforme decisão do 11º Congresso do Sind-UTE/MG, a categoria suspenderá suas atividades até o pagamento da primeira parcela. Como isso não foi feito pelo governo do estado, a paralisação permanecerá.
Segundo o Sind-UTE/MG, a discriminação da educação na política de pagamento que o Governo do Estado está praticando é inaceitável.