sexta-feira, novembro 22, 2024
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Projeto em Ipatinga concilia e reduz conflitos. Comarca oferece oficina para pais e filhos

IPATINGA – Mais um instrumento para pacificação nas relações está sendo utilizado, em Ipatinga, no Vale do Aço, para melhorar a comunicação entre casais divorciados ou em vias de divorciar-se e seus filhos. Trata-se das oficinas de parentalidade, estimuladas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) com o objetivo de diminuir os efeitos da separação nas famílias, evitar a alienação parental e promover a paz social. A programação ocorreu em 16 e 17 de agosto. Nos dias 22 e 23 de agosto, foram realizadas palestras sobre “Constelações Familiares”, com a mesma proposta pacificadora.

As iniciativas integram o projeto “Com viver”, que consiste na aplicação de metodologias para promoção da paz e harmonia familiar, e no acompanhamento das famílias. O programa foi idealizado pelo juiz da comarca, Otávio Pinheiro da Silva, com o apoio da equipe de atendimento psicossocial. Veja matéria sobre oficina de parentalidade promovida no fim de julho.

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Programação busca favorecer bom entendimento entre as famílias e oferecer ferramentas para relações harmoniosas

Segundo a assistente social e coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), Ana Lúcia Godinho Vítor, o projeto contempla de forma sistematizada cada família inscrita, durante um período de seis meses. Pais e filhos recebem tratamentos distintos, adequados à situação vivenciada pelo ex-casal e à faixa etária da criança ou adolescente.

As palestras oferecidas seguem as diretrizes da cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As assistentes sociais Ana Lúcia Vítor, Ana Paula Pettersen Murari, Patrícia Machado e a psicóloga Camila Roque Amaral, ministraram as palestras para os pais.

O encontro se repete em dois dias, pois os ex-cônjuges ficam em turmas diferentes. Ana Lúcia Godinho conta que um pai que havia participado da Oficina sobre Comunicação Não Violenta (CNV), realizada em julho, disse que a metodologia havia ajudado muito. No dia seguinte, a ex-esposa fez o mesmo comentário. Disse ainda que os dois estavam compondo acordos que, antes das oficinas, seriam impensáveis. Diante desses depoimentos, segundo Ana Lúcia, nota-se  o empoderamento das famílias na solução de questões do dia a dia e a tendência de reduzir a judicialização.

Outra assistente social da comarca, Ana Paula Pettersen Murari, comentou que todas as ações da equipe têm como objetivo o desenvolvimento da cultura da paz. “Há relatos das famílias de que esse trabalho tem gerado reflexão e mudanças significativas de atitude entre as partes”. Isso implica a melhoria da qualidade de vida dos filhos, conclui ela.

Projeto “Com viver”

Diante da dificuldade de conciliação entre familiares, Ipatinga criou o Projeto “Com viver”. Ao procurarem o Judiciário, os casais são encaminhados ao Cejusc, que avalia a melhor forma de abordagem com as famílias. Inicialmente o atendimento é realizado por uma psicóloga.

Em seguida, as famílias são encaminhadas ao Projeto “Com viver”, momento em que cada pessoa é ouvida individualmente. O Cejusc, em parceria com a Faculdade Pitágoras de Ipatinga, oferece o acompanhamento psicológico aos familiares.

Além disso, o projeto engloba várias palestras e oficinas, sobre temas como mediação, guarda compartilhada, alienação parental, oficina de pais, oficina de filhos, comunicação não violenta, constelação familiar.

A assistente social Ana Lúcia afirma que, no período de acompanhamento, de seis meses, as famílias recebem todas as formas de apoio que a estrutura do Judiciário permite. “Sempre visamos à conciliação, à paz social e ao bem-estar das famílias”, conclui.

Serviço

O Cejusc funciona no Fórum Doutora Valéria Vieira Alves, situado na Praça dos Três Poderes – Avenida Maria Jorge Selim de Sales, 170 – Centro.

Fonte: TJMG

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