Parlamentares cobram fiscalização no transporte público municipal de Ipatinga
Principal reclamação diz respeito à retirada de linhas de circulação, sem observar as necessidades da população.
IPATINGA – O vereador Nilsinho da Transnil indicou ao governo a necessidade de fiscalizar o devido cumprimento das linhas e trajetos dos ônibus municipais que trafegam pela cidade, sob a alegação de que o contrato assinado após a licitação que definiu a empresa concessionária não vem sendo cumprido.
Segundo o parlamentar, a concessionária cortou horários das seguintes linhas 701, 304, 302, 301, 601, 600.2 “e o pior, a linha 902 simplesmente passou a inexistir, prejudicando a todos os usuários que necessitavam de pegar ônibus neste trajeto. A empresa não dá satisfação, simplesmente corta, prejudicando que precisa do trajeto”, comentou Nilsinho na Tribuna.
Em aparte, a vereadora Cassinha Carvalho comentou que a empresa alega que existem trajetos extremamente íngremes, ficando impossível a trafegabilidade. “Nenhum município pode abandonar seu povo. A cidade de Ouro Preto é completamente acidentada e existem opções que vêm minimizar este problema. A empresa pode optar por ônibus menores ou vans, seja como for o munícipe não pode ficar prejudicado”, comentou Cassinha.
Já a parlamentar Lene Teixeira afirmou que já fez requerimento semelhante para o Executivo e “ainda requisitei da empresa que informasse os horários que os ônibus circulam, em cada linha, porque esta informação não existe no sítio eletrônico da empresa, mas até o momento nada foi respondido”, reclamou Lene.
Para Nilson Transnil, são por situações de falta de resposta que o motivaram a cobrar por fiscalização, por parte do Executivo. “Não é possível que estas solicitações todas fiquem por isso mesmo. Os ônibus fazem parte de uma concessão, e é obrigação da concessionária manter atualizado os trajetos que foram licitados, cumprindo o contrato e respeitando as necessidades de ir e de vir dos munícipes”, disse Nilsinho.
Ele ainda observou que este corte é delicado porque pode implicar em demissões de cobradores e motoristas. “Ora, uma vez que diminuem trajetos, cortam outros, isso acabará por diminuir os postos de trabalho, o que deixará na mão pessoas que precisam dos ônibus e trabalhadores, ao mesmo tempo”, ponderou.
Já o vereador Vanderson da Autotrans disse que se reuniu recentemente com o prefeito, o secretário de serviços urbanos e o administrador da empresa solicitando que ambos possam fazer uma fiscalização mais rigorosa na concessão “porque piorou muito a prestação de serviços da concessionária. Não existe mais a pessoa do fiscal que ficava em pontos da cidade fiscalizando a trafegabilidade dos ônibus”, disse ele.